A nossa casa pode ser grande, pequena, luxuosa, simples, minimalista, aconhegante, desarrumada, ordenada. A nossa casa comporta tantas variantes como nós comportamos no nosso interior.
A nossa casa tem que ser o porto de abrigo para onde os filhos rumam, tem que dar vontade de ficar quando o mau tempo ruge lá fora.
A nossa casa deve ser vivida, aberta, utilizada, moldada. Uma casa que não se usa, apenas se preserva, como um museu, é como um livro que repousa nas prateleiras e que nunca se leu. Não faz sentido.
A nossa casa é onde nos entendem, onde tiramos os sapatos e podemos descansar do mundo lá fora. É todo um outro mundo, onde podemos fechar os olhos e saber que nada de mal nos acontece ali.
A nossa casa é o nosso fôlego, a lufada de ar fresco que precisamos quando o mau acontece lá fora.
Um desejo bem fundo que tenho nesta tarefa de ser mãe, é que a Alice e o António nunca percam a vontade de regressar a casa.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
5 comentários:
Muito, muito aconchegante este texto. A descrição da "nossa" casa como eu a sonho e sinto, em relação à dos meus pais ou da minha irmã...
Gostei muito deste post. A magia disso é criar um lar e não uma casa de revista, o que muita gente ainda não percebeu...
Hoje tinha que comentar.
Este post poderia ser meu! É assim que me sinto no meu lar!
Felicidades por essa vida fora.
Ana C, este texto está delicioso. A nossa casa é o nosso aconchego, sem dúvida, mesmo que já se tenha tido uma dezena delas.
Beijinhos
Ana C., sentirmo-nos bem na nossa casa tem um significado muito mas muito grande para mim, porque durante quase 5 longos anos, a minha casa era apenas um espaço físico e não aquilo que descreveste... porque tinha uma casa com paredes de papel e muito, mas muito má vizinhança que me incomodava a cada instante e já propositadamente. Durante mais de 1 ano saía de casa para ter paz e descanso.
Mas isso agora mudou e a minha casa agora é sinónimo de "lar"!!!
Enviar um comentário