sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Dor



Podemos passar os dias a fingir que passou, ou a a dizermos a nós próprios que não tem o direito de nos espreitar em cada fotografia, cheiro, recordação dolorosa, ou feliz.
Podemos passar o tempo inteiro a ignorá-la, ou a remetê-la para um canto de difícil acesso, mas acabará sempre por surgir, imperiosa na sua glória de não poder ser ignorada por muito tempo e quando chega tudo quebra, tudo se esfuma numa névoa pesada que nos cobre de frio. Quando surge, tudo é dela e não conseguimos fazer rigorosamente nada além de esperarmos que decida abandonar-nos.

O John Green é o meu citador preferido, confesso.


2 comentários:

Vânia Silva disse...

Partilho dessa tua preferência, Ana :)
Beijinho!

Anónimo disse...

Bom post :)Pela minha parte deixei de ignorar a minha Dor. A dada altura percebi que aceitá-la e senti-la na sua totalidade a fazia ir embora mais depressa :)