sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Clube da Maternidade

E hoje que temos uma amiga prestes a conhecer a sua filha pela primeira vez, não consigo deixar de pensar como é avassaladora esta primeira entrada no clube da maternidade.
Não digo de forma alguma que nos transformemos em super pessoas como num passe de magia, mas digo que não existe rigorosamente nada na nossa vida que nos obrigue a ajustar tantos ponteiros, a engolir tantas certezas, a vacilar e andar em frente tantas vezes seguidas, a confiar nos nossos instintos, mesmo quando a razão nos grita o contrário. Não existe rigorosamente nada que se assemelhe aos sobressaltos cardíacos bons e maus que chegam com um filho, ao sentirmo-nos cheias e vazias quase ao mesmo tempo, ao querermos tudo e não conseguirmos metade.
Este clube é fodido e maravilhoso, grande e redutor, alto como uma montanha e tantas vezes razo como um vale. É definitivamente esquizofrénico, mas não trocava o meu cartão de sócia por nada do mundo.

6 comentários:

Melissa disse...

:D adorei, cê maria.
E sim, por mais que me queixe, não troco nenhuma vida que já tive antes por esta, problemática, complicada e riquíssima.

Pekala disse...

chamo-lhe o Clube do Coração nas Mãos:)

Rute disse...

Lindo. Concordo com tudo e também não trocava o meu cartão.

gralha disse...

Fale por si, eu tornei-me imediatamente na super-mulher, com direito a disfarce justinho de vinil e tudo!

B. disse...

Provavelmente é a I.A! Se sim, posso pedir-te o favorzinho abusado de lhe enviares um grande beijo meu e desejos de toda a felicidade do mundo para ela e para a M.? ;-)

Cleia disse...

Lindo! Adorei ler. Identifiquei-me com cada frase!É que é mesmo isso...
Espectacular. Parabéns!