quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ultra Ortodoxem-se Vocês


Caramba, quanto mais reportagens da Sic e National Geographic vejo, mais chego à conclusão que a mulher ainda é um bicho muito descriminado.
Os judeus ultra ortodoxos encaram-na como causa de todos os males e tentações, são remetidas para a parte de trás dos autocarros, distinguem filas de gajos e de gajas na padaria. Em suma, têm verdadeiro horror ao sexo oposto. Ninguém adivinharia tal fobia, pelo penteadinho que usa esta malta macha ultra ortodoxa.
Outro dia via uma tribo na Etiópia, cuja emancipação dos rapazes da tribo consistia em espancarem as mulheres da sua família num ritual lindo de se ver, onde as chicoteavam, pontapeavam. Enfim, um fartote.
A burca continua de pedra e cal e ofendeu várias vezes a minha vista, na nossa rápida incursão por Paris.
Por isso quando me perguntam o que acho dessa tradição e da polémica que deu em França, a minha resposta é que me ofende sim. Ofende-me por tudo o que representa e tal como não gostam de nos ver a nós, grandes depravadas ocidentais, sem estarmos cobertas, eu também não gosto particularmente de ver aqui no Ocidente esta treta.
Intolerante? Sim sou bastante intolerante no que toca à intolerância. Agora vou ali emancipar-me mais um bocadinho e já volto.

18 comentários:

gralha disse...

Completando o título do teu post (de uma maneira feia), "Pelo Rabinho Acima".

Anónimo disse...

Oração que prefiro da religião judaíca: o homem quando acorda de manhã diz assim "obrigado senhor por não me ter feito mulher". Amen.

PS: não é burqa, é niqab. ;-)

Dulce disse...

Ultra Ortodoxem-se, sim!

Ana C. disse...

Gralha eu estive mesmo, mesmo para pôr isso no título, mas em vez de rabo, queria escrever cuzinho mesmo :)

Ana C. disse...

Jo Ann com a breca (adoro esta expressão), tu não me lixes, é mesmo a tua preferida? Arranja lá outra do género: Obrigado meu Deus por me teres dado estes caracóis laterais maravilhosos e os papelotes para os manter assim durante a noite ;)

Ana C. disse...

Dulce e isso é muito pouco, ultra mega hipér ortodoxem-se e de preferência com alguma dor.

I. disse...

Também vi. Fiquei para morrer, será que eles não dão conta do quão parecidos são com os seus inimigos muçulmanos? E aquelas ladaínhas junto dos mercadores que vendiam no sabath? E se fossem adorar o seu deus e deixar os outros em paz?

Agora o cómico: me mate, que lê muito sobre esta época, diz que as SA, na alemanha pré-nazi, tinham o mesmo método: punham-se à porta dos estabelecimentos de judeus, a chatear que queria entrar. Irónico, hein?

Ana C. disse...

I. não há rigorosamente nada mais desconcertante do que os fanatismos religiosos e afins. Tocam-se todos uns aos outros. A extrema direita e a extrema esquerda, os ortodoxos da religião x e y. Enfim, não vejo diferenças entre eles. Vislumbro apenas uma cambada de fanáticos doidinhos.

Turista disse...

Ana C, junto-me à tua intolerância para com os fanatismos religiosos, eu que sou muito tolerante, noutras áreas.
Beijinhos e bom fim-de-semana.

Miss Impertinente disse...

Sou equilibrada q.b. mas detesto todos (e aqui também o sou - olha a ironia) os extremismos! Seja relativamente ao que for.
Revolta-me.
Para mim, os fanáticos não evoluíram assim tanto pós pré-história!

Ana C. disse...

Manuela, eu sou uma pessoa muito pacata e tolerante, mas quando vejo estes fanatismos, fico com fanatismo nervoso...

Ana C. disse...

Miss Impertinente, eles estão na Pré-Pré-história, lá bem atrás.

Mãe das Marias disse...

Pois eu assino em baixo! Quem sofreu para os parir é que lhes devia ter dado o mesmo tipo de tratamento...

Naná disse...

Deixa lá Ana C., há um povo na região do Laos, em que os homens são cidadãos de 2.ª e só servem um propósito às mulheres, cidadãs plenas, que é ajudar na reprodução!
Quando vejo estas reportagens ocorre-me duas coisas: ainda bem que vivo num país (mais ou menos) igualitário, no que toca a género e; as mulheres destes países são coniventes com a realidade que sempre conheceram, porque não se opõem e ajudam a perpetuar...

Anónimo disse...

Naná, não acho que seja bem assim. Quando uma mulher revolta-se, cortam-lhes os dedos, o nariz e as orelhas (Irão, Afeganistão e afins). É preciso ser-se muito corajosa para se emancipar. Eu que não sou corajoso nem nada, duvi-D-O-do que teria coragem para ir queimar soutiens como ilustres pioneiras nos anos 30.

Rita disse...

Eu sou muito intolerante com essas atitudes/crenças whatever. Nem me peçam para falar do assunto. *

Naná disse...

Jo Ann não digo que seja exactamente assim, mas há muita matriarca que controla as filhas e as noras para que não saiam do padrão... e sei bem que há sempre represálias para quem tenta reclamar liberdades, nestes países... infelizmente é assim!

Jolie disse...

apoio o teu texto e o primeiro comentário.

É isso.