segunda-feira, 15 de março de 2010

Amigas

Hoje lembrei-me de quando as amigas eram o melhor do mundo. Lembrei-me da importância que revestia aquele encontro no café para podermos falar sobre o que nos assolava o coração e divagar horas e horas seguidas sobre um certo olhar, o que significava, o que deixava de significar. Se tinha olhado de lado era uma coisa, se tinha dito uma palavra era outra, se tinha sorrido era a luz ao fundo do túnel, amava-me, ou amava-a perdidamente e não havia lugar para o que quer que fosse além da mais pura das esperanças.
Depois os telefonemas (não havia sms) a toda a hora apenas e só para a pormos a par daquele novo estado de espírito, daquela ideia genial sobre coisa nenhuma, daquela frase tirada de um livro e que tudo nos dizia e ela ali, pronta para nos ouvir e nós prontas para a ouvirmos também com uma paciência ilimitada.
Quero continuar a acreditar que não há como a amizade no feminino e custa-me brutalidades sentir concorrência em vez de cumplicidade, empurrões pelas costas no lugar da mão dada, pois bem aqui dentro recuso-me a largar a adolescência no que toca à pureza de sentimentos.

7 comentários:

Miguel disse...

Eu é mais brunch's!

Ana. disse...

Eu continuo a achar que a amizade é dos bens mais valiosos que podemos ter. É bom haver quem sinta as nossas dores, quem fique contente com os nossos sucessos, que nos possa dar um par de estalos num dia de insanidade...
Nunca deixei de acreditar que estes amigos existem. Eu tenho alguns e sou feliz!

;)


PS - Vai um par de estalos?!

Petra disse...

poderia bem ter sido eu a escrever este post.
revejo o que sinto nele. bj

Precis Almana disse...

Teria imenso para dizer em relação a isto. Talvez um dia num mail...

Melissa disse...

É engraçado que as amizades que tenho agora sejam muito mais livres de competição e julgamentos do que as que tinha na adolescência. De alguma forma, valem-me mais. Adoro as minhas amigas e sinto-me amada por elas. Desejam o meu bem e não tenho reservas para com elas, conto-lhes praticamente tudo sem medo. Não exigimos perfeição moral umas às outras.

(Uma coisa que gosto mesmo em mim é que confio com facilidade. Claro que às vezes caí do cavalo, mas não me importo. Em 99% dos casos tenho boas aquisições, vide a dona deste estaminé.)

Lia disse...

as mulheres são capazes do melhor e do pior... a amizade verdadeira nem sempre sobrevive aos egos em conflito...é pena!

Bailarina disse...

pois eu ainda me desiludo, quando vejon competição em vez de compreensão pelas opções! mas tenho mtas surpresas das boas! MUITAS!! bjs cheios de esperança na amizade