Fui dar contigo sozinha, sentada de pernas a baloiçar muito concentrada em qualquer coisa que tinhas posto sobre a tua mesinha redonda. Aproximei-me em silêncio não querendo estragar o teu momento, mas morta de curiosidade para ver o que te prendia a atenção daquela forma.
Quando vi o que seguravas nas mãos pensei como todos os dias consegues surpreender-me e como a tua doçura compensa todas as rabujices do mundo.
Olhavas uma fotografia minha e do teu pai de há 8 anos atrás com uma imensa praia por trás e o ar mais jovem deste mundo.
- Gostas de nos ver aí?
- Posso ficar com esta fotografia mãe?
- Claro que sim.
- Gostava de a ter aqui no quarto.
A minha cabeça fez mil e um filmes. Primeiro que andavas triste por causa do nascimento do teu irmão e com saudades de quando éramos só os três, depois pensei que tinhas medo de nos perder.
- Gosto de vos ver juntos, sabes.
Os filmes pararam imediatamente. A Alice é assim mesmo, sensível até à ponta dos cabelos, comove-se com a mesma facilidade que eu e sim, parece que gosta mesmo de ver os pais juntos, só isso.
É tão fácil apaixonarmo-nos pelo olhar dos nossos filhos, mas tão fácil...
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
6 comentários:
A Alice é uma doçura...
Um abraço*
Que querida! E consegui mesmo imaginar a cena, que giro.
oh que bonito e que doce.....
Que momento unico...
Essa menina é um doce...mas acho que eles hoje se angustiam com a possibilidade de os pais se separarem ao aperceberem-se da frequência com que isso acontece!
Tão doce!....
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