A sua pequena voz, acompanhada da estatura pouco dada às alturas, nunca foi proporcional a duas coisas que possui:
O número dos sapatos.
O tamanho do coração.
Aquele bebé, cujos pés sobressaíam das meias demasiado pequenas, quanto a vi pela primeira vez ao colo do pai.
Aquele bebé que retirava tanto de sono, quanto devolvia de amor, é agora uma menina.
Uma menina com os sentimentos de alguém que cresceu dentro das melhores palavras, dos melhores gestos, mesmo sem que isso tenha de facto acontecido totalmente. Ela é simplesmente assim, sem sementes de maior valor, sem grandes justificações exteriores.
Ela dá tudo o que o seu coração suporta dar, não tem medo de abraçar, nem de dizer que sentirá a falta de quem ama. Ela não teme entregar-se, mas teme que não a amem da mesma forma e pensa nisso com devotada angústia.
E eu espero e peço, a quem quer que me escute nestas coisas do futuro dos filhos que não nos pertence, mas no qual gostaríamos de ter uma palavra a dizer, que ela encontre, ao longo da vida, mais espelhos do seu amor do que sombras. Pois quem ama assim, sem reservas, merece um amor igual. Sempre.
Pilhas novas
Há 20 horas
4 comentários:
Sou fã da Alice e dos seus existencialismos! Mas vai correr bem, Casaca. E espero que corra bem sem que ela tenha de abrir mão de nenhuma partezinha da doçura. É o que espero para o meu, também.
(Odeio essas angústias. Espero voltar, na próxima vida, como um marsupial qualquer).
Há de encontrar, certamente. E que multipliquem no mundo essa forma de estar na vida :)
Com certeza que vai encontrar, sim!
Porque o amor atrai amor e o bom coração atrai bons corações!
Mas dá um friozinho na barriga, sim, quando se pensa nisso...
Vai tudo correr bem!!!
http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/
Enviar um comentário