A propósito disto e disto eu tenho que voltar a falar sobre a amamentação e decisões sobre tudo o que implica os nossos filhos e a nossa forma de criá-los. Não sob a perspectiva de quem deu, ou não de mamar, já que das minhas mamas sei eu, mas da perspectiva da culpa.
Uma mãe, principalmente no primeiro filho, é um ser que se questiona, se culpabiliza, se martiriza, se auto julga a cada instante. Não há, portanto, necessidade de opiniões não solicitadas e intrusivas. Pois a mãe já fez as suas ponderações, antes de os outros as fazerem e apenas ela sabe o que é melhor para si e para o seu rebento.
Se correr bem, correu, se correr mal, correu. Não é o fim do mundo.
Cada mãe sabe da sua mama. Cada mãe sabe do seu filho.
Se mais mulheres se preocupassem em denunciar, por exemplo, situações de maus tratos a menores, ao invés de andarem preocupadas com a opção pela ordenha industrial ou artesanal de cada mulher, insinuando que o amor materno se mede pelo volume de leite sugado dos seus peitorais, ou com a escolha do ensino público, ou privado para os filhos, o mundo seria um lugar melhor e a maternidade uma experiência mais serena.
Adoro a cumplicidade feminina, mas deixem-me que vos diga, que quando lhes dá para serem competitivas no desempenho da maternidade, não há quem as ature.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
6 comentários:
Infelizmente a cabrice do mulherio acirra-se mais no que toca a matérias maternais... e se calhar, ainda tu não viste as sentenças das mães que acham que o parto natural, do mais naturalíssimo, sem intervenção médica, é que é! É de revirar os olhos em agonia...
Eu devo ser o cúmulo do não seu quê, que não lhe acho uma palavra, mas sempre me estive a borrifar para a opinião alheia. É que não me aquece nem arrefece. Não sei explicar porquê, talvez por viver num sítio pequeno em que tudo mete o nariz na vida alheia e criei defesas, fiquei imune.
Mal dei de mamar aos 3, não saia, não tinha, não os alimentava por mim, fê-lo o meu amigo NAN, de quem sou uma pequena accionista. Não me senti culpada, assim como assim, também não considerei amamentar a experiência mais fenomenal da minha vida. Se sei que era melhor? Sei, mas não deu.
o mesmo com as cesarianas, que fiz 3, e que já me disseram que não sei o que é ter um filho na sua plenitude. Não pedi para fazer cesarianas, tenho uma estrutura pouco dada a parir. No final, até preferi assim, que fiquei toda intacta!
De maneira que ficar chateado com as opiniões dos outros sobre a minha vida. Pelo amor de Deus, tenho bem mais em que pensar, ou com que me chatear!
Portanto, cabras deste mundo, daqui não levam nada!
Formaremos um movimento chamado: das minhas mamas sei eu.
Ó Ana C., mas isso é um título do caraças, para um movimento, um blog ou um livro.
Seja para o que for "Das minhas mamas sei eu" soa-me mesmo bem! tu regista isso! :)
Ora aí está!! "Das minhas mamas sei eu" bom mote para uma campanha abaixo puritanismos sem interesse nenhum.
Já que cá estou.. estou dentro do movimento... Tenho 3 filhos e ao contrário da ouvirdizer nem sei se tinha leite... Sei que vou ser crucificada... Não dei!! Não gosto... Sentia-me uma vaca leiteira. No primeiro filho fiz deste assunto o meu segredo com o meu amor e companheiro de quase 22 anos. Do segundo caguei para todos e berrei: DETESTO DAR DE MAMAR AOS FILHOS... GOSTO DE DAR AO PAI!!! Choquei a família de uma vez só e não me chatearam mais até chegar ao terceiro. Que só a pari porque optei por uma cesariana maravilhosa. Sei o que é ter filhos com os dois primeiros??? Preferia não ter sabido...
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