Quando vou a uma daquelas grandes superfícies dedicadas aos brinquedos e vejo pais com carrinhos cheios até ao tecto de tractores motorizados, bonecos de acção todos iguais uns aos outros, carros telecomandados, tralha, tralha, tralha, tralha e acidentalmente até oiço que as coisas são para o menino, fico arrepiada. O único pensamento que me ocorre é que só podem estar a tentar compensar alguma coisa.
18 comentários:
É o momento de escape para as frustrações do ano. Mas em formato exagerado e totalmente descontrolado.
Ks
mas é que é mesmo! Cá em casa só estamos com o filho do meu namorado de 15 em 15 dias, um fim de semana e ficamos sempre com a sensação que estamos (nós e ele) a perder a melhor parte, mas não é por isso que compensamos em prendas(vai ter só uma no Natal e não lhe compramos tudo o que pede nas lojas)
Compensamos em "ataques de beijinhos", em abraços apertadinhos e em passeios divertidos... é uma compensação à mesma, mas parece-me mais correcta!
Miúdos que se habituam a ter tudo , mais tarde não sabem dar valor a nada nem lidar com a frustração de não poder ter tudo. Não acho nada correcto dar-se tudo a um filho só porque se pode. Bjs
:) Pensava exactamente a mesma coisa antes de ser mãe e jurava a mim pp que um filho meu nunca teria o exagero de coisas que os primos tinham...têm igual.
Falamos qd o teu bebé tiver mais de 2 aninhos;)
Beijocas
Eu tenho de implorar aos avós e tios que não me atolem a criança de presentes! E acho que ainda passo por má ou ma educada...
PP Fantasma a mim não me aliviaria frustrações, pelo contrário, dar-me-ia cabo da mona ;)
Lia nem mais, eu como estou sempre com a Alice em casa nem sequer sinto necessidade de a encharcar de presentes no Natal, até porque acho que ela fica meia louca com tanto presente e não liga a metade...
Marina e quando não se pode e os pais se endividam só porque sentem uma espécie parva de culpa se não encherem os filhos de presentes? Meu Deus...
Nina, além do baby que nascerá no princípio de Fevereiro, tenho uma filhota que faz 4 anos em Janeiro, portanto posso falar. Acho que muitos pais compensam ausências com presentes, aliás, conheço muitos.
Os miúdos não valorizam quilos de presentes no Natal, acredita em mim.
É claro que durante o ano vou oferecendo miminhos à minha filha, bem distribuidos. Mas também sei dizer-lhe que não ;)
Gralha sei do que falas. Não achas que eles ficam loucos com tanto presente? Eles e nós...
A questão passa por isso mesmo. É mo fundo um dois em um. Compensar as crianças da faalta de atenção a que foram votadasd durante um ano inteiro e oferecer os meios para que não chateiem durante outro que se aproxima. Triste, mas verdade.
Acho que sim, é muito mau, e sim, é compensação, mas arrisco-me a dizer que 99% das vezes não é por falha de carácter. É pelas circunstâncias da vida moderna.
Deixo assim, aqui, uma palavra de simpatia pelos pais que trabalham na capital e vivem no subúrbio e só têm capacidade de chegar ao infantário às 19h, 19h30 e não passam mais de meia hora com os filhos acordados por dia. É uma realidade triste e que enche o coração de culpa, e que levanto as mãos para o céu de não ser a minha, mas é a de muitos pais e mães excelentes que estão à minha volta.
Não estou a dizer que brinquedo resolve, mas entendo a satisfação do sorriso imediato depois de um ano de ausência forçada, nem que seja ilusória, nem que só dê para uma noite.
Disse e agora disseste tudo ;)
Melissa alguma vez tínhamos que discordar. Eu não julgo pais que têm que trabalhar até tarde, pelo contrário, não quero imaginar a luta interior que devem travar todos os dias.
Bem sei que estão de rastos e que mal têm forças para fazerem o jantar quando chegam finalmente a casa. MAs chiça essa meia hora tem que ser putamente fantástica. Os putos não pediram para nascer e eles já sabiam das circunstâncias que os esperariam quando decidiram ser pais. Têm os fins de semana. Ser pai tem uma percentagem elevadíssima de sacrifício e não é com brinquedos que se tapam carências afectivas dos filhos.
Os binquedos são remendos de muito curta duração...
Eu concordo contigo, só que entendo o impulso deles!
Mesmo a meia hora sendo putamente fantástica, não satisfaz. E procura-se mais qualquer coisa. É uma armadilha, mas se dá alguma paz de espírito e alguma compensação (aos pais), entendo. Acho que para os putos não faz muita diferença, aí está. São prazeres imediatos.
O meu vai ganhar um xilofone de 4,99 eur, hehe.
O meu sobrinho queria desde o início do ano uma Nintendo que os primos e colegas todos já têm. Toda a gente disse que era cara e tal, e que seria - talvez - para os anos/Natal (no mesmo mês). Teve-a no aniversário dada pela avó que se baba com eles e sabe que estão a ser educados para não terem tudo o que querem e só possivelmente o que querem muito muito (e se puder ser dado). Entretanto ia à escola o programa do Goucha perguntar o que queriam pedir ao Pai Natal. Ele disse que dizer que não queria nada porque já tinha a Nintendo. Não é por ser meu sobrinho, mas até acho que está a ser bem educadinho :-)
Ah, agora depois de ler os comentários todos, inclusivamente os últimos da Ana C. e da Melissinha, a minha irmã passa muito tempo com eles porque é educadora na mesma escola onde eles estão, por isso dá o que pode dar e acha que deve e para os fazer felizes. Nós pensamos igual. E não temos qualquer prurido em ensinar-lhes que as coisas são caras e que não se podem comprar. Agora até de dizer isso os pais têm vergonha! E é mau porque não lhes ensinam o valor do dinheiro, uma coisa importante que é importante transmitir cedo.
e importante era para estar só uma vez :-D
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