segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ler é o melhor remédio

E se eu disser que já li para não enlouquecer, quando os exames da faculdade consumiam o meu corpo e o meu gasto cérebro pelas trezentas interpretações possíveis a dar a um artigo legal?
E se eu disser que já li para acreditar que, um dia, me apaixonaria como os personagens da Jane Austen, ou para entender o conceito de Amizade, com o mítico Alberoni, bem lá atrás nos meus vintes?
E se eu disser que já viajei para bem longe, que já senti cheiros, vi rostos, passeei e sentei-me em mesas de café e comboios russos, que já segurei mãos frias de personagens, consolando-as de uma perda qualquer?
E se eu disser que já li para esquecer e para lembrar?
E se eu disser que já li para me sentir completa, quando o vazio me preenchia a rotina?
E se eu disser que já li para me libertar e para me sentir presa ao chão?
E se eu disser que já troquei programas irrecusáveis, por um bom livro e se eu disser que continuarei a recusá-los pelo mesmo motivo?
E se eu disser que não existe (quase) nenhum prazer que iguale uma noite passada com uma boa história?
E se eu disser que já senti várias ressacas de histórias e personagens que não queria ter deixado presos na palavra fim?
E se eu disser que odeio que me aborreçam com perguntas chatas, ou com telefonemas da treta, quando estou a meio de um capítulo do caraças?
E se eu disser que prefiro um livro que me amorteça a tola, do que um programa de televisão que me deixe em coma cerebral?
Se as pessoas entendessem que um livro não é assim tão caro, para a catadupa de emoções, viagens, sentimentos, que é capaz de nos proporcionar, talvez decidissem ler mais :)

3 comentários:

Sílvia disse...

Sim sim sim é mesmo mas mesmo isto :)

(posso roubar o texto?)

Anónimo disse...

adorei :)

Naná disse...

Não recusei programas, mas já dei desculpas esfarrapadas para me sacar deles a meio...
Acho que alguns personagens são como velhos amigos nossos...