De todas as tradições existentes a nível familiar, penso que a de adoptar o apelido do cônjuge é a mais lixada.
Senão vejamos o meu caso:
Quis fazer como é suposto, porque nestas coisas quanto mais igual ao resto melhor, é a chamada carneirada tradicional, por isso fiquei com o apelido do Hugo. Se ele ficou com o meu? Não, isso é muito à frente para a minha cabeça retardada e ainda não há carneirada nesse sentido.
Então tive que me despedir do nome pelo qual sempre fui conhecida desde que me entendo por gente. Tive que fazer o luto do apelido que se confundia comigo, que se emaranhava na minha personalidade e me dizia que eu era filha do meu pai e isso custou-me à brava. Cada cartão que modificava, cada assinatura que escrevia, cada remetente que endereçava serviam apenas para deixar entrar dentro de mim uma gigantesca saudade do meu nome e assim começou a minha recusa em deixá-lo desaparecer.
O meu cérebro simplesmente não conseguia dissociar o meu apelido de mim e por isso ele continuou vivo, falante, assinante para os que mais me gostam e para o que realmente importa.
O mais engraçado é que sempre fui gozada na escola por este apelido tão singular. Poderia pensar-se que quanto mais cedo me livrasse dele melhor, mas não. Com o passar dos anos fui percebendo que nós é que fazemos o nosso próprio nome, nós é que deixamos as nossas próprias marcas e se quando era pequena este apelido queria dizer Pai, hoje em dia também já quer dizer Ana e isso é bom, bom demais para se perder...
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
14 comentários:
Eu também tenho essa sensação.
Tenho no nome o mesmo apelido que o meu marido, não faria sentido ficar com o mesmo no meio e no fim por isso não alterei. Mas de qualquer das formas não sei se o adoptaria. Tb não gostava nada do meu apelido quando andava na escola, agora sinto que faz parte de mim e apesar de ser apenas um nome, tenho mt orgulho nele.
Gosto muito do teu blog.
Beijinhos
"Tenho no nome o mesmo apelido que o meu marido, não faria sentido ficar com o mesmo no meio e no fim por isso não alterei."
AHAMMMM.
Parece que me enganei, ups, é o que dá escrever rápido sem reler. O que eu queria dizer era que um dos meus nomes do meio é igual ao apelido do meu marido, por isso não faria sentido adoptá-lo porque ficaria a duplicar.
O meu apelido não é o mesmo do meu marido. Decidi que morrerei com o nome que fui baptizada. O nome do meu pai!
Beijos***
hehe sonho de bebé, não te enganaste. Eu é que tenho mesmo dois nomes iguais no nome, o de solteira e o do marido. Sou Carvalho indo e voltando.
Mas ele adoptou o meu. Não concebo de outra forma, ya ya, modernérrima. Em compensação ele tem mais nomes que o rei.
lol... eu sou daquelas que só foi, porque ele veio... lol...
agora eu, o Zé e o Pedro parecemos maninhos! lol! os nossos dois últimos "nomes" são iguais... nós até assinamos como a família GC! lol
beijocas
Lol Melissinha, pensei que não me tinha feito entender, ehehe!
Modernérrima mesmo!!
Eu não adoptei o nome do marido. Ele não fazia nenhuma questão com isso e eu tenho um apelido tão marcante que é mesmo a minha identidade. Não concebia mesmo alterar, seria como mudar de cara Mas foi um choque para algumas pessoas(a sogra, no dia do casamento ainda fêz comentários)
Para mim se há algo de que não abdico é do meu nome
É também um nome estranho e às custas dele tive zangas na escola e aprendi a ter respostas rápidas para aqueles que me queriam irritar com essa desculpa
Para mim o meu nome já me é tão meu, que eu sou esse mesmo nome
Nunca conseguiria aceitar o nome do gajo, porque não me diz nada a não ser que é dele e não seria capaz de me reinventar tanto assim
Quando era mais nova divertia-me a ver como ficava o meu apelido com o dos rapazes de quem gostava :-) Tendo tido tempo para pensar no assunto, só encontro explicações que não me agradam para essa coisa de se ficar com o nome do cônjuge, portanto no meu caso não poria. Ainda para mais porque profissionalmente sou conhecida pelo meu nome já desde os 26 anos.
Por isso é que eu não mudei o nome. E por isso é que o Diogo tem os apelidos invertidos (primeiro os do pau, depois os da mãe), porque eu também tenho direito a prolongar o meu nome. Quase ninguém compreende esta nossa decisão, que implica que os irmãos tenham os nomes trocados, mas acho mesmo que faz sentido.
Bom, claro que ele não tem o nome do "pau" mas sim o do pai. Também não sou assim tão radical.
Nem mais..
Não adoptei o nome do meu marido, e fi-lo com orgulho.
Não por ter algo contra o dele mas por achar q não fazia qq sentido mudar a minha identidade. Sim, pq "o nosso nome somos nós"!!!
E só tenho pena de n ter posto o meu apelido como último apelido no meu filho..pq essa sim, seria a derradeira homenagem a prestar..
Eu não pus o nome do meu Banito porque é igual ao meu último apelido (tal como a pescada, antes de o ser, já o era). Infelizmente... pois não gosto do meu apelido por ser o mais comum em Pt, (não, não é Silva, é o outro). Andei anos a pensar que ia mudar de apelido quando me casasse e afinal... a vida prega-nos cada uma!!! Curiosamente, os meus filhos têm o meu 1º apelido (o da minha mãe) e o 2º apelido é igual ao meu e ao do Banito! LOL Muitas vezes lhe digo que os peques são só meus filhos, já que têm o nome igualzinho ao meu!! LOL
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