É bom conhecermo-nos, admitirmos os nossos defeitos, sabermos os nossos limites, termos consciência daquilo em que somos bons e daquilo em que não somos brilhantes.
É bom que se farta sabermos que temos defeitos de fabrico, defeitos adquiridos e outros tantos defeitos só porque sim.
Por isso acho tão triste quando vejo aqueles concursos de talentos com pessoas que acham que não têm barreiras e se julgam os melhores cantores, ou dançarinos do mundo quando se limitam a arrotar, ou dar uns pulos ao pé coxinho.
O mais bizarro de tudo isto é que têm os pais nos bastidores a apoiarem o suposto talento e a dar força e puxar por algo que não existe por muito que se esforcem.
Também me deprime conversar com pessoas que se auto-analisam completamente ao lado, numa constante propaganda de si próprios e são incapazes de acharem defeitos, ou admitirem qualquer tipo de erros cometidos.
Estas pessoas perfeitas geralmente atiram em todas as direcções quando lhes apontamos alguma coisa e tentam sempre, mas sempre inverter o rumo da conversa para os defeitos de quem com elas conversa. Tudo é preferível a terem que olhar para dentro.
É a arte da fuga. Mas é uma fuga sem estilo, triste até.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
3 comentários:
Ê pá, percebo-te perfeitamente. Como dizem os brasileiros muito bem, há pessoas que "não se enxergam"...
Não sei do que estás a falar, eu não tenho defeitos nenhuns. :P
(O problema é quando vamos ficando "menos novas" e encontramos um novo todos os dias. Isso é que é lixado)
Duas palavras: bra-vo.
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