Pais de Criancinhas insuportáveis que nada fazem para corrigir o filho.
- És velha e feia! - Diz a criança na direcção da avó.
Sorriso amarelo da avó. Mãe em voto de silêncio.
- Tens uma barriga enorme, porque é que és tão gordo? - Fala a criancinha na direcção do avô.
Mãe ainda é capaz de sorrir como quem diz: Ai que gracinha que ela tem. Mesmo já com 9 anos continua encantadora, cheia de espírito.
Penso que aqui estão os futuros putos bullings, se é que este nome existe. Os miúdos a quem tudo é permitido, a quem não é incutida uma réstia de sensibilidade para com o próximo. Miúdos em que a javardice, porque é o único termo que me ocorre depois de passar 5 minutos com uma criança assim, é aplaudida como uma graça sem fim pelos pais babados por tudo o que o filho faz.
Nesta espécie de anarquia em que o pai insiste em ser compincha em vez de pai, a mãe melhor amiga em vez de mãe. Neste marasmo em que não há deveres, apenas direitos, em que o mau comportamento não é travado porque dá muito trabalho, ou simplesmente porque se tem medo de dizer não ao menino é que se criam monstros infelizes.
Se pensam estar a fazer o melhor por eles ao sorrirem com todas as "gracinhas" preparem-se para o maior choque da vossa vida...
Maioridade
Há 4 dias
25 comentários:
Ha por ai muita crianca mal educada e obviamente a culpa e dos pais, tadinhas das criancas nao se pode contrariar porque ficam traumatizadas.
Mais tarde, admiram-se!
ja diz o ditado, quem boa cama fizer nela se ha-de deitar.
Beijinho.
Por isso digo friamente, ou não; Antes de Amigo da minha Chiquilim, quero se PAI, e então se existir a margem/espaço então o "Amigo".
Ainda sou defensor que a Lamparina e a palmada bem esgalhada dá sempre resultado.
Tenho 32 anos.
Já dizia um amigo, o Pai, é só para ver não é para tocar!?!?
Não aplico a frase em cima descrita na minha vida, mas um nadinha de extremismo não faz mal, e é lindo!?
Eu adoro é ver os miúdos a atirarem-se para o chão nos Hipermercados quando querem alguma coisa, berrarem, espernearem, ameaçarem.
O que é que os pais fazem?
Pegam no menino, olham em volta para se aperceberem de quem está a olhar, pegam na coisinha que o menino pediu, dão-lhe um beijinho, e lá vão eles.
Eu só me pergunto: quando fizerem o mesmo a pedir um carro, uma mota, roupa de 200€, e levarem os pais à banca rota, se também vai haver beijinhos e miminhos.
Miepeee e que cama que os espera...
JBrito antes de amiga sou mãe também. Fazemos parte do mesmo clube e eu tenho 33. Os 30 às vezes dão-nos uma certa sabedoria sim senhor ;)
DeepGirl os hipermercados são culpados também. Enfiam balões, chocolates, chupas, carrinhos bem ali na fila da caixa que é para os putos enloquecerem os pais diante de toda a gente. Sacanas. Mas é o meu melhor sítio para a prática do NÃO. A minha filha já sabe que não vale a pena uma cena naquele sítio porque não vai levar rigorosamente nada. Eu não cedo a chantagens em forma de birra.
Aninhas querida, nem pensar que admito faltas de respeito dos meus filhos seja para quem for!! Era o que faltava!! O meu mais novo e rebelde, faz birras que nao teem fim, atira-se para o chao, grita, puxa os cabelos, mas eu nao cedo. Nem pensar!
Sou muito amiga, a melhor que eles podiam ter, mas também sou eu quem manda cá em casa e na vida deles enquanto for eu a pagar as contas. Temos pena!! E amo-os tanto que nem se aguenta....
eu antes pensava que nao gostava de crianças, precisamente por causa destas criancinhas....e seus respectivos educadores...
mas afinal nao!! gosto mto de crianças e se nao as educam, educo-as eu!
Por vezes penso que estamos perante um problema de gerações. Os nossos pais tentaram incutir o sentido de responsabilidade, de boas maneiras, de respeito pelo próximo, mas a verdade é que muitos da nossa geração (30), parecem ter-se esquecido tudo o que aprenderam. Ou então, tornaram-se em pessoas autistas, alheias ao crescimento do filho que souberam gerar, mas não sabem educar. Não sou pela agressividade, acho que uma boa educação passa por bons exemplos no nicho familiar. Mas isto sou eu a falar, que não tenho filhos!
Realmente, é das coisas que mais me irritam! Começo logo a bufar quando vejo esses engraçadinhos e respectivos paizinhos.
@ Only Words
Protesto veemente o uso da palavra autista empregue em qualquer contexto!! Estou a brincar... naturalmente! ;)
@ Ana C
Genericamente falando, os nossos avós eram muito bem educados, rigidos, austeros e davam muito valor ao dinheiro (mesmo os muito ricos. Eu tive avós muito ricos e avós pobres e sei bem do que falo)! Criaram os nossos pais que como tiveram uns pais austeros e rígidos, já nos facilitaram a vida a nós em muitos mais aspectos do que talvez fosse desejável! Já nos deram mais prendinhas, havia mais dinheiro, já cederam mais, queres mesmo estas calças que custam 14 contos e umas all star que custam 6... toma lá! Nós estamos numa geração que acredita que o que é melhor para os nossos filhos é dar-lhes tudo quanto nós não tivemos! Estaremos então, a criar uns parasitas, que só gostarão de nós enquanto lhes comprarmos prendinhas, miminhos e sustentarmos outros viciozinhos! Sugarão tudo o que tivermos e mandarão à merda a sociedade que os rodeia, p*** que os há-de parir a todos, porque eu sou mais eu!! E EU quero!
Uns monstrengos do piorio, é o que é!
Tenho também 32 rápidamente a caminho da capicua e sei que há pais que pensam como descrevi acima! Nem eu, nem o Banito partilhamos essa filosofia de educação! Felizmente! Mas, ai-de-que-o-faz! Estão tramados e é como dizes: Vão ter o maior choque da vida deles! E o pior é que é um desgosto tão evitável...
Tens a certeza que era uma criança? Podia ser um animal que andava só em duas patas. Não seria? É que andam vários por ai e são facilmente confundidas com crianças por serem fisicamente parecidos :D ehehehehe
Ácido já em cima desse puto ranhoso! ahahaahaa
Na mouche... Conheço duas criancinhas que foram educadas mais ou menos assim. Já falei delas. E o problema é que vão ser umas infelizes quando forem gente crescida e isso poderia ter sido evitado...
Nós somos 4, portanto o "toma lá" tinha que ser muito negociado porque o dinheiro existia - felizmente sempre foi existindo, hoje sei que muitas vezes com dificuldade - mas para o que era realmente importante, nem que fosse para cursos de inglês ou explicações quando necessárias. Aprendemos todos que os bens só se têm quando pode ser. E hoje os pais parece que têm vergonha de dizer aos filhos "não tenho dinheiro para isso". É alguma vergonha não ter dinheiro e ensinar as crianças a lidar com o não? Dizer não também é habituar a lidar com a frustração porque em adultos não temos tudo o que queremos (aplicável a coisas que se compram e a tudo o resto, como o trabalho, o amor, etc.)
Partilho o teu ódio de estimação. Cada vez mais me deparo com umas criaturas assim. Tudo é permitido, "temos que dar um desconto afinal, são só crianças", são palavras que eu ouvi de uma mãe e de uma avó que não reprovaram quando a petiz decidiu dar um pontapé nas canelas de um miúdo no parque. A continuar assim, qualquer dia começa a dar pontapés nas canelas de qualquer pessoa sendo professores, amigos ou mesmo os próprios pais. Vai ser particularmente giro quando ela crescer, ai vai vai!
bjs*
Tasha por os amarmos muito é que temos que dizer não... Estou contigo.
Hannah por isso me irritam mais os pais que ficam mudos a assistir...
Only Words ninguém fala em agressividade ou terror psicológico. Mas em controle. A criança deve saber os seus limites e se não forem os pais a balizarem as coisas, não são elas que vão aprender sozinhas. Tens toda a razão.
Gralha e a vontade de sermos nós a dar um grito?
Banita há putos mais dificeis do que outros. Tenho essa consciência. Mas eles não podem ser mais fortes do que nós. Tu vês bebés de 3 anos a mandarem nos pais!!!!!!! Gostei do teu discurso e aplaudo :)
Kitty se calhar era um animal e eu não percebi :)
Precis não acrescento uma linha ao que disseste. Pensamos da mesma maneira.
Rosemary essa frase dar desconto é das mais perigosas de todas...
Ana, sou mãe recente e só espero dar o meu filho a educãção que os meus pais me deram: quando é não, é nã! e uma palmada no rabo na hora certa faz milagres. Não apanhei muitos, mas lembro-me dos que apanhei e do porquê. A minha mãe, que infelizmente perdi na adolescência, era apologista do levar no momento da asneira e não depois, quando «chegares a casa», que era o chavão da altura, para as mamãs que não queriam dar espectáculo no centro comercial...
Fico fula quando ouço que a minha geração (30's - nascida em 78) era a Rasca, mas o que se vai dizer dos que nasceram depois e que não têm a mínima noção do respeito, aos mais velhos e a todos em geral, que têm uma sensação de impunidade pura, porque sempre tudo lhes foi permitido e nunca foram contrariados e pior, não sabem dar valor ao esforço, não sabem o que é lutar para obter algo que ser quer, porque sempre tudo lhes foi posto à frente de mão beijada.
Sou apologista de proteger e defender o meu filho das coisas más que a vida tem, mas quero fazê-lo de uma forma realista, para que ele cresça com os mesmos valores que me incutiram os meus pais! A serem honestos, lutadores mas de forma limpa e a respeitarem o próximo!
Espero estar à altura deste desafio, com a certeza de que vou cometer muitos erros, é certo... mas acho que é isso que é ser pai. Reconhecer os erros ao longo do caminho, para poder corrigir...
Partilho mesmo esse teu ódio de estimação!...
Naná gostei muito de te ler. Só te posso desejar boa sorte para esta aventura da maternidade/paternidade em que não há garantias de sucesso. Apenas podemos dizer aquilo que tencionamos fazer para que os nossos filhos não se tornem em pequenos monstros ditadores...
Enviar um comentário