Sempre achei que podíamos ver a raça de um condutor pela forma como segura o volante:
Se o agarra com uma força tal que fica com as mãos manchadas pelo esforço é um condutor medroso, daqueles que fazem travagens bruscas na auto-estrada só porque vêm a portagem ao longe.
Se o manobra como um cromo, apenas com uma mão e o pescocinho inclinado, quase à beira do torcicolo, é confiante demais e profundamente estúpido. Não tem qualquer tipo de consciência cívica. A estrada é apenas o palco para exibir o seu estilo. Cola-se ao carro da frente como se não houvesse amanhã e dá vontade de lhe gritar da janela que é o tipo mais sem estilo do universo.
Se o agarra com as duas mãos no topo, juntas, é distraído, sonhador e também perigoso, pois pode perfeitamente adormecer numa viagem mais monótona. As duas mãos juntas lá em cima a girarem o volante, juntamente com a cabeça sonolenta.
Se segurar no volante sem muita pressão, mas apenas com a suficiente para mostrar que tem o controlo do carro, as duas mãos paralelas uma à outra, é um bom condutor. Descontraído q.b.
Depois temos o nível do assento do banco que meu Deus diz tanto, mas tanto acerca do grau de azelhice do piloto:
Conduzir à velhota. O assento no nível máximo, tão chegado à frente que se o airbag dispara, estou convencida de que os olhos saem pela nuca. Infelizmente vejo mais mulheres do que homens neste estilo.
O nosso amigo estiloso, no nível máximo oposto e super rebaixado, cabeça de lado como se quer e cola na mão para aderir bem ao volante. Mas ninguém lhes diz que são mesmo ridículos?!!!!
A maneira como se conduz diz muito acerca de uma pessoa e de um país e infelizmente o nosso é um país triste em termos de condução, diria mesmo e desculpem a expressão, merdoso.
Desde os mentecaptos que aceleram quando são ultrapassados, aos pobres de espírito que pensam que um carro é uma forma de conquista de estilo, aos debéis mentais que não prevêem o que o carro da frente vai fazer e se colam a ele quase com paixão. Aos professores que adoram dar lições de buzinadela a quem não faz como eles querem.
Um bocadinho de civismo, miolos e menos agressividade por favor, que um carro não é uma afirmação, mas um meio de nos levar de um lado para o outro, supostamente, em segurança...
21 comentários:
Esqueceste-te dum tipo de condutor:
a-lôra-de-bmw-de-cascais, que estaciona em cima dos passeios ou em fila dupla, não respeita prioridades, anda demasiado devagar porque está ao super-telelé ou demasiado depressa porque tem de fazer render a prestação do bólide... Para mim não há pior.
Grrr detesto-as.
Melissa, não havia espaço para tudo. Mas sei precisamente o tipo de bitch de que falas. Mesmo que tenha um lugar a dois metros onde pode estacionar, ela faz questão de não se locomover mais do que o absolutamente necessário e vai de parar o carro dentro da própria loja :) Só ela existe no universo. O condutor egocêntrico.
Bom, podíamos estar aqui um dia inteiro a enumerar os tipos de condutores de condutores que por aí circulam. Contudo existe um aspecto que me aflige (e irrita) sobremaneira: o facto de a maioria dos condutores não utilizar os piscas para assinalar mudanças de direcção. E nas rotundas então? Arrisco-me a afirmar que os portugueses não sabem andar nas rotundas!!
Bem, eu tenho todos os defeitos.
Enfim, o banco é mesmo para a frente porque tenho medo que os pés falhem o pedal. As mudanças, quando as ponho, estão sempre mal metidas e o carro tá sempre a tremer.
Normalmente, nas portagens ou nos parques de estacionamento tenho de sair do carro ou, quando tenho sorte, estico-me todo.
Nunca ando a mais de 50 e recebo algumas buzinadelas.
Quando estaciono e vou para casa, quase sempre fico com a duvida se fechei as luzes e puxei o travão de mão. Lá tenho eu de ir à rua certificar-me.
Bem, é compreensível a razão porque a melissa é que conduz.
McSleepy, nas rotundas quando usam os piscas, usam mal. Se querem ir em frente põem pisca para a direita!!!! E tu nunca apanhaste uma velhota senil a fazer uma rotunda ao contrário como eu já apanhei(senil, ou britânica nunca saberei)
My Matcho!
Hugo AH AH AH!!! Enquadras-te na categoria Velinha ao Volante.
Mas tens uma vantagem face aos outros todos. Não te julgas o melhor condutor do mundo :)
De qualquer forma, nos dias em que saires a conduzir faz constar de edital por favor.
Melissa, esse homem não te pode conduzir à maternidade.
O pior é que vai.
Já não caibo entre X e Y.
Pronto eu tenho mesmo que andar com o banco pra frente porque sou baixinha e não chego aos pedais =(, mas não não ando em cima do volante. E tambem odeio pessoas que não dão piscas (o carro certamente foi deve ter sido mais barato por isso). E as pessoas que estacionam em segunda, terceira fila às vezes com a desculpa do vou ali e já venho e depois não há maneira...
Enfim às vezes irrita-me mesmo andar de carro porque sei que me enervo com atitudes irreflectidas de muitos condutores....
bjinho***
Sílvia, às vezes usamos o carro e outros condutores para descarregar alguma frustração :)
o estacionamento em segunda, ou terceira fila é mais vou ali e nunca mais venho. Isso sim também me tira do sério. Onde é que estão os reboques nestas situações? Pois está claro a rebocar o meu carro só porque ele é cinzento.
Eu cá, diz o Brad, tenho por mania, raramente conduzir com as duas mãos no volante. A mão esquerda está lá, é verdade, mas a direita oscila entre o radio, a manete das mudanças, o telemovel, a perna do Brad e o gesticulanço, se estou a falar... ahahahahahah
E canto muito!!! Quando dou fé que estou a ser observada, disfarço e mexo na orelha para dar a impressão que estou a falar cok auricular!!!
ahahahahahaha
Obrigada por me teres feito rir de mim!! Nunca tinha pensado bem nisto!! : ))))
Eu como sou pequenina tenho mesmo de puxar o banco todo à frente, senão não consigo meter a embraiagem toda ao fundo. Não queria estar na categoria da velhota, mas já vi que terá de ser...
Joaníssima tu estás na categoria de GAJA. As mulheres têm esta tendência de pensar que como conseguem fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo em casa e nas restantes tarefas da sua vida, também hão-de conseguir conduzir enquanto despacham outros assuntos em simultâneo.
Sunrise, a diferença reside toda no encosto. Se o encosto está colado ao volante, ou seja, se conduzes com o peito dentro do volante, não dá para sair da categoria de velhinha :)
E com a barriga colada ao volante é o quê?
Melissa, eu também passei por essa fase, conduzi até ao fim da gravidez e no final a Alice ajudava a manobrar o volante. Esticava os pés e chegava à buzina AH AH AH
Aí é conduzir à vaca mesmo.
Eu como sou rodas baixas, também sou das que vão com o banco no máximo chegado à frente, com uma mão no volante e a outra na caixa e aí vou eu! O banito diz que eu me "transformo" ao voltante, conduzo de uma forma agressiva, etc. Do meu ponto de vista: eu gosto de conduzir carros nervosos e "puxar" por eles, fico cheia de calor (tal é a concentração) e não, não ando aos beijos no carro da frente! Detesto que me façam isso. Ah e uso sempre o pisca! Adoro dar os piscas quando estou numa rotunda (tenho de fazer tudo depressa: mãos no volante, caixa e na manete de mudanças)
Confesso: adorava conduzir no Rali Dakkar!
E se tiver um acidente em que saia o airbag, provavelmente vai magoar-me, mas, infelizmente não tenho opção...
banita agora fizeste-me rir com a tua descrição. Agressiva a conduzir porquê? Num Habia nexexidade :)
Não me enquadro em nenhum parametro desses..:)
Conduzo habitualmente ou só com uma mão, ou com as duas, mas nem sei em que posição certa...!
quanto ao banco, não está nem pertinho demais, nem longe demais..
um bjnho.
Eu estou assim a modos que entre a terceira e quarta possibilidade , uns dias para uns outros para a outra.
E sim relefecte bastante o carater da pessoa, eu pecadora me confesso sou bastante agressiva na condução, se tenho a certeza de ter a razão e vejo um injustiça, barafusto , chamo nomes, perco a paciencia. Mas é engraçado que noutros ambiente sou uma pessoa mto paciente..
Mas (e nunca de deve de dizer isto, mas vá..) acho que conduzo bem, em 20 anos de carta só bati na traseira de um carro por descuido meu, nunca tive um acidente nem provoquei nenhum e conduzo todos os dias pelas vias mais povoadas da nossa Lisboa...
Mas gostei desta análise sociológica...:-)
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