Apesar do encontro, desencontraram-se mais uma vez. Ele olha o relógio e conta as horas que faltam para o dia seguinte nascer. Sabe que as noites costumam passar mais devagar. Respira fundo, entra no seu carro já gasto pelos quilómetros a mais, mas não tem coragem de arrancar. Ouve no rádio uma qualquer notícia que não tem o poder de o acordar e rende-se à recordação da imagem dela.
Deveria seguir na direcção do hospital, na direcção de mais uma noite de turno passada entre cheiros e ruídos tão familiares, mas fica ali, dentro do carro a ouvir o trabalhar do velho motor e a ganhar coragem para voltar à sua rotina nocturna. Olha mais uma vez na direcção do café e quase pode jurar que a vê espreitar discretamente na sua direcção.
Alice vê aquele estranho homem cruzar finalmente a porta do café, ainda espreita para a rua e consegue vê-lo já dentro do carro. Respira de alívio enquanto pousa o seu avental sobre o balcão. Hoje sai mais cedo do que o costume. Cansada, ainda consegue enumerar mentalmente as tarefas que tem que fazer antes e depois de chegar a casa. Passar na farmácia, no supermercado e finalmente apanhar a sua filha na escola, abraçá-la, sentir os seus pequenos braços em redor do pescoço e ouvir como foi o seu dia no caminho para casa. Essa definitivamente é a melhor parte do seu dia...
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
18 comentários:
Miguel, como não te quero impaciente, aqui tens a minha ideia: Como já reparaste o Artur trabalha num hospital AH AH AH e é tímido.
Acho difícil introduzirmos os personagens nas histórias diferentes, só se se cruzarem por minutos numa qualquer circunstância, mas é complicado. Eu sugiro que cada um de nós defenda a sua camisola. O teu Nirvana é pouco tímido, mas a rapariga que se vai cruzar com ele, é um poço de timidez e mistério.
Em compensação a minha Alice não é uma mulher tímida.
Será que os opostos têm tudo para dar certo, ou nem por isso?
Ou seja, histórias diferentes, com personagens diferentes, mas com um objectivo. Mostrar que o amor supera mesmo tudo, ou não...
Acabei de escrever o final da novela e a minha cabeça não dá para ideias mais geniais do que isto. Se tiveres outra sugestão chuta!
Ficamos ansiosos por mais um capítulo....
Ok. Então a ideia é que a rapariga que vai entrar na minha história seja tímida e misteriosa? Vamos a isso!!! Olha, agora já não sei como vai acabar a história!!!
E, já agora, como é que o Artur acaba a trabalhar num hospital? Só espero que não seja na morgue...
:)
Beijos!
Como não gostas de tímidos (ou é só de homens tímidos que não gostas?) vais ter que te pôr na pele de uma.
O Artur pode muito bem ser enfermeiro AH AH
Rainha Mãe, fico contente por saber que estás a seguir a história ;)
Ai que isto promete! Estou cada vez mais empolgada. :-)
Socas, pois então fica a bater o pé com o tamanco holandês e aguarda...
Miguel C, o que seria mesmo muito giro era cada um recomeçar no ponto que o outro terminou e assim sucessivamente. Mas para isso seria preciso uma outra história. A pensar.
O poder do amor é reconhecidamente ENORME ...
E não é que sou eu quem vai buscar o pequenote ao fim do dia?!!! ... e não é que costumamos ir para casa a falar sobre o seu dia?!!
... estou ligado :))
Está muito gira, a história!
Bom, se começarem uma história escrita por uma pessoa e depois passam-na para outra, eu estou dentro (se me quiserem)! Sempre achei tão giras aquelas histórias (confusas) que fazíamos na escola em que tapavamos o que a pessoa anterior tinha escrito, deixando só uma palavra! Fartávamo-nos de rir!! Era cada maluquice fantasmagórica, com sereias, dinossauros e afins!
Bom, mas essa hitória não seria dessas malucas, pois cada px tinha conhecimento de toda a história!
Contem comigo.
Ana esta história está gira, vou segui-la claro, mas a ideia que li aí de iniciarem uma outra história, um escrever um bocado e o outro continuar, está de mais. Força! Quem vai ser o primeiro a Ana C. ou o Miguel C. Não quero perder essa novela. Beijokas
Querida Ana C. isto está a ficar pouca fruta para a minha fruteira, preciso de 1 página pelo menos para ler :)
Estou a começar a sentir por ti aquilo a que chamo "raiva ás escritoras" que é aquela raiva que sentes quando o livro acaba, acho sempre que a escritora podia ter escrito mais um bocadinho porque eu estava a gostar tanto de ler... :)
Carlos, o amor move montanhas...
banita, isto é só uma ideia, vamos lá ver se o Enfermeiro Miguel C alinha, ou não. Mas estender a história a mais pessoas parece-me ainda mais divertido ;)
Mariinha, quando começarmos a saga, avisamos. Não te quero a perder nenhum episódio.
Kitty, não quero que fiques com raiva, please. Prometo que a próxima leva vai ser um bocadinho maior.
Ando mto atrasada com a saga mas vou ler um por um...:-)
Aqui estavas a fazer nitidamente um compasso de espera, vou saltar para o outro (mas já se nota algo na moça de diferente...;-)
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