Hoje é que vai ser o dia de reflexão. Não ontem, hoje sim, já sei que vou reflectir acerca do que move o povo, do que o impulsiona a votar x em vez de y.
Tal como nas autárquicas em certos Concelhos me mijo a rir por ver serem reeleitos corruptos, malabaristas que fogem para o Brasil e atravessam fronteiras em bagageiras de carros, também nas legislativas é interessante assistir ao povo que se queixa amargamente durante anos seguidos e depois ou fica em casa a coçar a micose e não vota, ou vota no carrasco que tanto criticou.
Foi com este espírito democrático-tuga no pensamento que fui cumprir o meu dever cívico logo pela matina e não deixa de ser engraçado votar num clube recreativo de uma aldeia. Sim porque moro no Concelho de Cascais, mas como diz a Melissa, vivo no Campo (ah ah). Adoro ir votar aqui e ver os filhos que acompanham os pais até ao local e lhe indicam com um dedo bem espetado na vitrine, qual o símbolo partidário que eles deverão escolher para assinalar com a cruz. Sem dúvida que chega um momento da vida de muitos pais em que a lei da paternidade se altera e passam a ser os filhos quem manda.
Quanto a mim, por muito que queira simplesmente não consigo votar em quem não acredito só para que não vença quem não quero que ganhe. Complicada mental? Talvez, mas a minha mão recusa-se a enfiar cruzes sem significado e ainda não está na altura dos meus filhos decidirem por mim...
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 dia
11 comentários:
O que interessa é que estejamos lá, nem que seja para dobrar o papel sem nenhuma cruz. Porque isso também pode ser um voto e é, acima de tudo um manifesto!
Eu lamento mas não fui votar! Estou em coimbra e tenho a morada em Faro, e fazer 3/4 horas para cada lado não me dava jeito nenhum hoje e a gasolina está cara! Com tanta modernice e simplexes não percebo porque é que ainda não podemos votar em qualquer sitio do país! Com um sistema informático em condições não me parece impossivel, digo eu!
Haha o gajo que votou antes de mim passou uns 3 minutos na cabine, a escrever, a escrever.
Pensei em convidá-lo para as blogonovelas.
Não percebo como é que há gente que refila, mas depois não é capaz de exercer o seu dever..É triste..!
Beijinho.
Votar é um direito e um dever que ninguém devia deixar escapar! Mesmo que seja em branco como disse o Miguel. Mas concordo com a Lia, hoje em dia não vejo motivo nenhum para não se poder simplificar e facilitar o acto de votar criando a possibilidade de o fazer em qualquer parte do país! Eu não votei - tinha sido uma óptima desculpa para fazer uma visitinha a Portugal, mas se fosse assim tão fácil estava aí todos os fins-de-semana! Mas acompanhei e já sei quem os portugueses escolheram.
Miguel por acaso até pus uma cruz, mas já exerci muitas vezes o meu dever/direito cívico dobrando simplesmente o papel.
Irrita-me solenemente as pessoas que só exigem sem nada fazerem para mudar o estado das coisas. Tal como me irrita bastante as pessoas que julgam ter milhões de direitos e zero deveres.
Lia espero que as coisas evoluam ao ponto de podermos votar em qualquer local do país sem termos que nos deslocar à freguesia de residência. Mas por enquanto ainda é tudo feito à mão...
Melissa porque é que não o convidaste? Também podia estar só a desenhar pilinhas (que é para ser suave) no boletim de voto.
Maria isso acontece a todos os níveis da vida, não só na política, infelizmente...
Raquel mas tu não podes votar no consulado, ou coisa que o valha?
Quanto ao resto sim, ainda somos muito rudimentares em matéria de votos...
Ana, eu posso votar no consolado de Portugal, é verdade, mas fica em Roterdão e não pude tirar o dia para tratar disso. Lá está, é como a Lia disse, com as tecnologias de hoje devia ser bem mais fácil!
Já agora pergunto, satisfeita com o resultado?? ;)
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