domingo, 30 de setembro de 2012

Comédia? Não me façam rir



Publicitarem este filme como comédia é do mais cretino e mentiroso possível.  Fui apanhada completamente de surpresa e fiquei hipnotizada, do primeiro ao último minuto.
E pude ver o Steve Carrel no seu filme filme mais under acting de sempre (se é que esta expressão existe).




sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cat Woman

Hoje saí de casa com o António e encontrei um gato vadio (provavelmente o que vem mijar contra o portão da minha garagem quase todas as noites) a dormir em cima da mesa do jardim.
O que é que eu fiz?
1- fui buscar um balde de água e traumatizei o bichano, para que não mais penetre na minha propriedade, urinando-a e dizendo ao mundo que é sua.
2 - Fui buscar uma vassoura e corri o bicho à vassourada, para atingir o fim do ponto número 1.
3 - Ladrei de modo enlouquecido para o matar de ataque cardíaco.
4 - Face ao olhar embevecido do António, fui buscar um pratinho com leite e alimentei o bicho?

Ainda não estou em mim. Daqui a nada estou a publicar imagens de gatinhos rebolando com novelos de lã e transmitindo mensagens de amor.

Querida Silvina,

Espero que consigas encontrar aqui os teus postais e sorrias, tal como eu sorrio sempre que encontro um bocadinho da tua história na minha caixa do correio.
O postal de hoje tocou-me mais do que os outros, pois fala de uma coisa que tenho alimentado e feito crescer, qual gravidez mental em estado embrionário. O teu postal fala de escrita e escrita, Silvina, é o que me faz viver (além das outras coisas importantes, claro, como amor e oxigénio:))
Tenho andado arredada do mundo das letras, pois aguardo uma resposta de uma editora, que me acendeu uma pequenina luz. Eu quero muito acreditar nessa luz, mas infelizmente, não tem sido fácil e a esperança não vive apenas de nós. É também alimentada por todos os que poderão ajudar-nos a concretizar os nossos sonhos.
Sabes que comentei com a Melissa (podes perguntar-lhe e tudo) que gostaria muito de escrever sobre ti. Por isso, o teu postal hoje encheu-me daquela estúpida esperança dos sinais, do destino, das almas que se cruzam com propósitos. O teu postal hoje disse-me que talvez seja possível escrever sem esperar pela esperança dos outros. Talvez seja possível começarmos qualquer coisa, mesmo sem termos terminado outra. Apesar de ser contra tudo aquilo que sou, pois fico presa a projectos por terminar, só conseguindo avançar quando uma porta se fecha e, ultimamente, as portas andam todas encostadas...
Se quiseres escrever sobre ti, tens-me aqui para o que for preciso. Se me quiseres a escrever sobre ti, aproveita este par de mãos, que estará sempre aqui por ti, com toda a emoção dos lamechas de espírito.
Obrigada por tudo

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Grande e Profunda Questão do momento

É:

Ou será que ainda é cedo?

Raízes

Ela pergunta-me quem foram os meus avós (os que ela não chegou a conhecer). Como é que eram, se gostavam de crianças, como se chamavam. Depois pergunta-me quem eram os meus bisavós e os pais e os avós destes e os seus nomes e eu queria poder dizer-lhe mais sobre quem ela é para trás, mas não consigo fazê-lo como gostaria.
Vai daí e, perante a importância que isto tem vindo a assumir para a minha filhota, decidi fazer mais. Recolherei fotografias antigas, falarei com a minha avó, com o meu pai, com quem for preciso, mas mostrar-lhe-ei quem foram aqueles antes dela. Farei um álbum digital, ou em papel, recolherei nomes e dar-lhe-ei a sua família, que está viva apenas nos seus genes. Mas que, pelos vistos, pulsa no seu pensamento.
Esta foi mais uma lição. Eles precisam de raízes, de saberem que fazem parte de alguma coisa maior e isso é bom.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Intenso é muito pouco

Como é que só vi isto agora?





segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eu dou-vos as mantinhas

Sempre fui uma pessoa de Inverno e de frio. Mas tudo isso tem vindo a mudar, juntamente com as doenças e achaques infantis directamente ligados a essa altura do ano.
Agora vejo-me sempre a ansiar pelo verão, pelos pés descalços sem stress, pelo sair à rua com dois trapos, pelo dormir sem edredãos, nem preocupação de ir tapá-los durante a noite.
As sucessivas doenças infantis deram cabo de toda a minha paixão pelo Inverno.
Tal como eu já pressentia, e depois de um verão santo, com o Outono não vieram as folhas e as mantinhas e o quentinho do lar. Com o Outono veio a merda do ranho.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

contado ninguém acredita

Mas eu tenho um filho de 2 anos que acorda às 7 da manhã e, em vez de nos vir acordar e abraçar e conversar, como fazia a irmã (e ainda faz, diga-se de passagem). Acende a luz do seu quarto, fecha a porta e senta-se a brincar com os legos.
Isto é maravilhoso, uma dádiva dos céus, mas aqui a estúpida, em vez de dormir como uma porca até às 7.20 (hora a que tenho de facto que me levantar), fica a sentir-se culpada pela solidão do puto.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tem sido assim

Aconselhado pela minha book adviser (sim, eu tenho uma, que nunca me deixa ficar mal e que, pasme-se,até trabalha numa livraria). Ela falou-me em medinho, mas é mais do que isso. É para o cagaço puro e duro. Daqueles que  não nos deixam  ir fazer xixi durante a noite:
(tentem lá dizer o nome desta escritora numa livraria, sem terem ataques de riso)


 Para quem gosta de Nick Hornby, este escritor fez-me lembrar o estilo adolescente, descomprometido e inteligente, mas em jeito profundo e comovente. E a capa, senhores, a capa? Não é perfeita? Li em dois dias:



 Para quem gosta de melhores escritores do universo (sim, espaço incluído). O Zafón dá-nos vontade de o ler com um pequeno caderno de apontamentos, para copiarmos as tiradas geniais :) E deixem-se de merdas, que é escritor da moda e afins, porque não é possível passar-se pela vida sem ler este gajo.

E tem sido isto e mais outras tantas capas e letras e histórias que me têm lançado nos braços da leitura de forma doentia, como já não acontecia há anos.
Agora aproximem-se livrarias virtuais e ofereçam-me vales em troca de publicidade! Para quando, hein?
Também consumi alguns livros de capa e título duvidosos, mas que me surpreenderam pela super positiva. No entanto, o meu orgulho de gaja intelectualmente superior, não me deixa enfiar aqui tais capas e tais títulos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A cidade às pessoas

Tenho um parque urbano aqui muito perto de casa, cujo parque infantil foi vandalizado e os placards com a informação das espécies que podemos nele encontrar, partidos sem dó, nem piedadade. Acrescido a isto, já não vou mencionar os cagalhões de cães que polulam no relvado e que impedem os putos de correrem livremente, a menos que gostem de brincar atirando cagalhões uns aos outros pela relva, qual paint ball improvisado.
Hoje visitei o Bosque dos Gaios, um sítio tranquilo, que deveria pertencer às pessoas e não aos cães, mas infelizmente e, apesar dos sinais à entrada, que apelam à trela e aos sacos para fezes caninas, fartei-me de ver cães à solta a cagarem a seu bel prazer, enquanto as donas se passeiam tranquilamente sem saquinhos nas mãos, nem nada que indicíe vontade de não sujar o nosso espaço.
Dentro do pequeno bosque, passei por umas hortas comunitárias, ideia que adoro e aplaudo a 100%, mas tinha que ver um grupo de velhas a gamar couves da horta.
Portanto, a minha conclusão é que nós não merecemos espaços deste género. Não sabemos lidar com a liberdade que nos oferecem e somos, por natureza, javardos.
Quantos mais anos terão que passar para entendermos definitivamente o que é a comunidade e o respeito que temos que ter pelos espaços partilhados?
Onde poderei ir com os meus putos? Onde respeitarão as regras? Onde serão menos javardos?

O teu coração

Hoje e ontem e outros tantos dias que não importam, penso em ti.
Hoje e ontem e outros tantos dias que não importam, desejo resgatar os teus dias e devolver-te o tempo que perdes a tratar as tuas feridas.
Hoje sei que o coração é uma metáfora, sim. O coração é apenas um músculo, que comprime e descomprime, um pedaço de carne com sangue,  artérias e veias, alheio à nossa vontade.
Um coração também fica doente sem ser de amor. E é em alturas destas, que se prefere mil vezes as cicatrizes metafóricas, de paixões antigas, às cicatrizes no músculo que nos mantém vivos.
O teu coração vai viver, sim e vai sofrer das metáforas foleiras e do tempo e de tudo aquilo que mereces para ti.
E isto é assim, porque há corações que comportam o mundo e o teu, certamente que o faz muito melhor do que o meu, muito melhor do que a maioria dos corações que batem por aí.

domingo, 16 de setembro de 2012

Hoje, estes saloios

Decidiram ir a Lisboa de comboio e usar também o metro. Afinal de contas, vivemos na merdaleja e o António só andou uma vez na vida sobre os carris e é louco por comboios. Vai daí, decidimos poupar na gasolina e mostrar os transportes públicos aos putos.
Eu pude reviver os meus tempos de faculdade, em que apanhava a carrêra e o comboio e ainda usava as pernas para andar centenas de dezenas de metros e eles puderam vibrar com a experiência, quais meninos da mamã, habituados apenas a quatro rodas.
Como é evidente, só eu é que acreditava que ficava mais barato ir de comboio para Lisboa, do que de carro. Levaram-nos o cú e as calças no comboio e as cuecas no metro.
E pude relembrar (ainda que com a atenuante de ser domingo) a experiência única que é andar numa carruagem sem ar condicionado (devem estar a poupar), com cheiro a chulé e a sovaco, assentos cheios de nódoas e migalhas, janelas sebosas, aliás, tudo seboso. Pude reviver a loucura de ouvir a malta a tossir para cima de nós e sentir os esporos virais penetrarem na minha bela pele e nariz.
Enfim, foi-se a memória esbatida e romântica dos meus tempos de faculdade, em que levava um livro que nunca lia, e senti de novo na pele, a ânsia da estação final que não chega nunca mais.
Foi idílico, sim. Idílico e caro como o caraças.

Brevíssima

Farta de ouvir falar em Portugal e em sacrifícios pelo país, como se um país pudesse ser dissociado do seu povo. Como se um país pudesse sobreviver às custas da "morte" dos que formam a sua identidade.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

sabedoria popular

Infelizmente, esta é uma frase que se aplica a imensas coisas e a outras tantas imensas pessoas. Uma frase que nos faz sentir pequenos pedaços de caganitas de cabra, no meio de tanta gente famosa por um qualquer motivo, que ainda nos escapa:
"Mais vale cair em graça do que ser engraçado".

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

I Work To Make a Living

Partilho aqui dois posts, de duas mães lutadoras, que me deixaram ainda mais reflexiva e com tendências homicidas.
Será que aquele vegetal, que aceitou o cargo de Ministro das Finanças, com o seu discurso distante e monocórdico, qual autómato deslocado da realidade, imagina quanto custa o material escolar dos putos? Será que ele faz contas ao preço da carne e da fruta? Será que ele sabe quanto custa um litro de leite, ou o passe social? Será que ele sabe que vive num mundo com pessoas de carne e osso, que sentem e pensam? Que vivem na mais prostituta das dificuldades e que ainda têm que o escutar (se conseguirem manter-se acordados) a pedir para fazerem mais sacrifícios?
O que é que queres que o povo faça? Que se suicide?
E que tal enfiar os sacrifícios pelo orifício acima?

Post 1
quando chego ao ponto de achar que o Cavaco é que tem de resolver isto e pôr aquela merda toda na ordem sei que cheguei ao fundo do poço.o Cavaco????eu a achar que esse gajo tem que pôr as cenas em ordem????alguém me espanque por favor.
não sou nem mais nem menos que o resto do povo.já não tenho palavras a dizer,nem coisas de que me queixar porque já me queixei e lamentei de tudo o que havia.estou farta,farta e saturada.eu e toda a gente.e volta e meia ainda penso "ainda bem que tenho trabalho".sim,pois tenho,tenho um trabalho que basicamente me impede de dormir na rua porque depois de pagar todas as contas o que sobra pra comer é quase nada.se calhar mais valia dormir na rua e andar de barriga cheia.deixar-me ficar ali pelos bancos do jardim,a conviver,a ver passar os carros e as pessoas,a ser mais eu.
eu queria muito poder jantar fora de vez em quando,ir a um cinema,esplanar sem me preocupar em beber mais que um café,pedir um sumo caramba!comer um bolo!comprar uma t-shirt!beber uma cerveja ao fim do dia.e não posso.nem eu nem basicamente ninguém.porque esta conversa não sou só eu,são todos os que se vêem impedidos de gozar a puta da vida porque os cêntimos estão contados,são todos os que não têem um vencimento (mesmo que seja reles) no final do mês,são todos os que se desunham para poder pagar as suas contas.nós não queremos aproveitar um passeio grátis ao jardim.nós queremos ir ao jardim e ficar um bocadinho na esplanada a beber umas minis.nós não queremos aproveitar todas as borlas,nós queremos ir onde nos apetece e fazer as coisas acontecer.nós não queremos o ordenado só para pagar as contas,nós queremos que sobre um bocadinho para poder aproveitar.
e nada,não sobra nada.só um grande vazio à frente dos nossos olhos,nas nossas vidas.



Post 2
Ver que não há nenhum buraquinho na vida laboral para mim começa a ser angustiante. E já sabem que eu não sou esquisita e vou a todas. Não me identifico com as profs que aparecem nas notícias a dizer "tirei o curso via ensino em História, não sei fazer outra coisa agora o que faço?" como se o estado me devesse um emprego só porque tirei o curso que quis. Anyway, no ensino, nem naqueles horários incompletos ou AECs tenho hipótese, pois há milhares de professores "antigos" sem colocação. Quando ao resto, já fui a várias entrevistas e não fiquei em nenhuma das ofertas. Mas olhem que com perguntas tão estúpidas como "Why do you work?", o que é que querem que eu responda senão "To make a living" ?(na minha cabeça estava a dizer "To make a living, you twenty-year-old bitch who knows nothing about life")
Agora tenho uns psicotécnicos marcados, já treinei e já percebi que sou um zero à esquerda com essas coisas.
(...)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vítogue Gaspague ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

Este gajo dava aulas?
Haveria distribuição de babetes, almofadas e ursinhos de peluche à entrada das aulas dele?
Ele devia pensar seriamente em investir num daqueles aparelhos que transformam a voz. Devia falar para uma merda que reproduzisse a voz dele com som robótico, ou de gaja sensual.
Só me apetece enrroscar-me em posição fetal, meter o polegar na boca e deixar-me morrer ao som da voz dele.

É importante amar

Gosto de ouvir as desculpas racionais dadas por quem não partilha a vida com alguém.
Gosto de ouvir as razões construídas por aqueles que defendem que não amar alguém, não é assim tão mau. Nós bastamo-nos, somos tão auto-suficientes, que o nosso amor próprio chega.
Gosto de ouvir que assim não há dramas com tubos de pasta de dentes espremidos pelo sítio errado, tampos da sanita por baixar, ou mau humor matinal.
Gosto de todas essas justificações.
Gosto, porque sei que são como a história do “casamento molhado, casamento abençoado”. São só coisas que inventamos para nos sentirmos melhor. Ninguém gosta que chova no dia do seu casamento, tal como ninguém se importaria de trocar um tubo de pasta de dentes sempre espremido correctamente, por uns pés quentes no inverno, ou um tampo de sanita levantado, por um brinde a dois.
É importante vermos o lado bom de estarmos sós, sim. E ainda mais importante apreciarmos a nossa própria companhia. Mas é fundamental estarmos cientes de que todo o ser humano vive de afectos e que as desculpas que desenterramos para nos sentirmos menos sozinhos, são apenas isso. Desculpas.
Quero acreditar que ninguém nega um grande amor, porque põe em causa a ordem da casa de banho.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lista de compras

5 granadas de mão
2 bazucas
2 pistolas de pregos
Uma lata de gasolina (vai ter que ser uma para encher isqueiros Zippo, porque a gasolina está cara como o caralho, mas dá para o gasto)
1 alma humilhada ao ponto do piaçaba
2 ânus rotos e com graves crises de hemorroidal governamental
20 sacos de farinha metafórica, cheios de indignação
20 sacos com farinha a sério, para atirar a várias trombas
Bacios com merda a perder de vista

Não quero saber de lutas constituicionais e verbais, uma vez que as leis no nosso país, incluindo a Constituição, têm o mesmo valor que um rolo de papel higiénico. Eu quero é molho.

Onde é que é a manifestação?

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Eh, Dama!

Há qualquer coisa nos discursos das mulheres dos candidatos a Presidentes dos Estados Unidos, que me dá vontade de cair sobre o chão enlameado e rebolar-me a rir.
Aliás, não sei o que me dá mais vontade de rir. Se ouvir as futuras Primeiras Damas falarem de amor e da integridade do seu homem, ou as expressões lacrimejantes de quem as escuta.
As mulheres dos candidatos republicanos surtem um efeito ainda mais especial em mim, pois alucino e visualizo-as com um avental, saltos altos, cabelo cheio de laca, a tirarem tartes de maçã do forno e a levarem o jornal ao seu homem, juntamente com uns chinelos, após um dia de labuta.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Nível de cafeína no sangue

Meia caneca de café às 7 da manhã.
Um café na tasca mais próxima às 9.45
Às 10.15 um Nespresso.
Às 13.20 meia caneca de café.
E o dia ainda é uma criança.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Lacrimejo neste instante

Neste momento, em que o país arde, a gasolina está cara como um pénis nigeriano, as pessoas contam os trocos para comer no self service do Pingo Doce, sem poderem usar o cartão multibanco, o governo pondera acabar com os benefícios fiscais para pais com filhos deficientes, ao mesmo tempo que pondera mais mil e uma maneiras de foder o povo em geral e o funcionário público em particular, o que me importa mesmo nesta vida, é a tristeza do Cresteane Ronalde, face à perspectiva de levar com uma talhada fiscal no seu ordenado mínimo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Book Lovers / Um policial e um romance

Stieg Larsson, A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e um Fósforo
O número 2 da trilogia Millenium.
13,50 euros, com portes de envio para Portugal

O Beijo, a paixão de Gustav Klimt, de Elizabeth Hickey
10,00 euros, com portes de envio para Portugal

Se quiserem ficar com esta pérola da literatura policial sueca e/ou com este romance, que envolve um dos meus pintores de eleição, mailem-me para:
avontaderegresso@gmail.com


domingo, 2 de setembro de 2012

Magali, Cherie

Porque existem gostos para tudo, num mundo ideal haveria espaço para todo o tipo de escritores, sem tabus.
Num mundo ideal conviveriam românticos, pategos, profundos, exotéricos, filantropos, Prémios Nobel e prémios pimba, sem complexos, nem críticas e com mente aberta.
Não há que ter vergonha de ler Margarida, tal como não há que ter vergonha de ler Saramago,as previsões astrológicas da Maya, ou o último romance de Fátima Lopes. Ler é sempre bom. Quanto mais não seja, para estimular neurónios, aniquilar outros tantos, quando for necessário, abstrair, pensar, fazer cocó ao som de uma história, quando o intestino é preguiçoso, relaxar, aprofundar.
Por tudo isto, sempre achei que havia lugar, sim senhora, para a Margarida e tentei sempre controlar a vontade de entrar na onda de snobismo contra os seus livros e morder a minha própria frustração por não conseguir vingar no mundo editorial, convertendo-a em energia zen.
Agora, ponham-me esta senhora a falar e tudo muda.
Será que ela também escreve como fala? Será que o seu mundo é mesmo assim como ela o diz. Um limbo algures entre a adolescência e a vida de liceu?
Homens gostam de gansters e tiros e não organizam bem a loiça na máquina e mulheres passam horas ao telefone (Deus me livre e guarde) a falar de sentimentos?
Gordas podem falar de tudo e serem javardas à vontade, que ninguém lhes leva mal, porque ninguém lhes quer saltar para a cueca. Já as magras têm que ter cuidado com o que dizem?
Tenho uma novidade para ti, Magali. No teu caso, duvido que haja muita gente, com mais de 15 anos, a querer saltar-te para a cueca, depois de te ouvir falar durante dois minutos. Desconfio mesmo que, para que uma relação dure contigo, terá sempre que envolver fita adesiva, mordaças, ou deficiências auditivas.