Fomos um bocadinho antes da uma da tarde, pois sabíamos que à hora da sagrada refeição ninguém penetraria no interior da tão falada Aldeia de Natal, em Lisboa.
Pagámos a bagatela de 40 euros/bilhete de família e lá transpusemos a entrada, esperando encontrar a sétima maravilha natalícia, pois por aquele preço, não poderíamos esperar menos do que neve nos cornos, um Pai Natal a cada esquina, vinho aquecido com canela, transporte em trenós puxados por renas, enfim, a Lapónia no Marquês de Pombal. Mas nada disso, ali estavam, de facto, 3 jovens renas, às quais apenas se tinha acesso pagando uma fotografia ao lado de anões rodeados de lama. Estava também uma coruja das neves, acorrentada e umas árvores salpicadas de branco e rodeadas de lama.
Subimos um pouco, em busca do presépio humano, apenas para descobrir que S. José, Nossa Senhora e o menino tinham ido à bucha, pois só estava o burro perto da manjedoura e na tenda dos reis magos, apenas um rei dormitava perto dos três camelos (o ponto alto da visita).
Cinquenta por cento da Aldeia de Natal é composta por cabaninhas para a bucha e respectivas mesas de apoio, com leitão, caldo verde, pão com chouriço e brigadeiros.
Havia uma espécie de globo de plástico, onde se fazia fila para os putos penetrarem e receberem com esferovite, ou espuma na carola, simulando neve nórdica e mais uma fila para, pasme-se com a originalidade, pinturas faciais.
Facto 1 e, no fundo, o mais importante: Os miúdos gostaram. Afinal de contas, ainda estão na maravilhosa idade de encontrarem encantamento em tudo.
Facto 2: À organização desta merda mal amanhada: VÃO ROUBAR PARA A ESTRADA.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês