sábado, 31 de agosto de 2013

A Limonada está na Moda


Onde quer que vamos, seja à tasca das bifanas, seja a uma tasca imunda em Sevilha, seja nos pregos, gourmet, ou não, seja no café, temos limonada e a realidade é que, quando é bem feita é das melhores bebidas do mundo.
Sempre fui a verdadeira naba da limonada, pois para conseguir emborcar o líquido de citrino amarelo, tinha que juntar meio quilo de açúcar à mistura.
Mas eis que se me fez luz no cerebelo e comecei a pulverizar açúcar e gelo na Bimby e a iniciar-me na arte da limonada do céu.
Junto-lhe gasosa gelada e os limões espremidos e fico a beber limonada na veia, todo o santo dia.
E pronto, achei que precisava de partilhar este achado bebível convosco :)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Lixo

Apesar de ter conquistado o hábito de colocar algumas coisas que já não uso do lado de fora dos contentores do lixo de alguns bairros mais pobres, e saber que passados cinco minutos já nada ali fica, pois alguém passou e levou.
Apesar de ter alguma noção de que aquilo que já não tem uso para mim terá uso inestimável para alguém, odeio dar trapos aos mais carenciados.
As coisas que dou para a caridade estão sempre estimadas e lavadas. Não sou capaz de enfiar meia dúzia de coisas esburacadas e sujas num saco para dar a alguém.
Não gosto de confundir coisas que merecem o contentor do lixo, com coisas que os outros merecem.
Provavelmente é uma mania parvinha, mas é uma mania que não tenciono combater.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Crise dos 38

Está menina.
Os cabelos mais compridos, o olhar mais rasgado, o sorriso mais gozão, as pernas mais longas, tudo mais qualquer coisa.
Impacienta-se mais com as minhas particularidades, as mesmas em que nunca havia reparado e faz-me notar aquele tique que tenho, a repetição de histórias que já lhe contei, a minha rabugice.
Está crescida e eu sinto a falta de quando me via apenas virtudes. Sinto falta de gostar um bocadinho mais de mim através do seu olhar, sinto falta da ingenuidade completa que só uma criança pequena possui e que nos faz sentir mais pessoas.
É claro que gosto dela assim, crescida e sempre mais qualquer coisa, mas já não é tão minha quanto era e isso enche-me de uma espécie de vento seco e nostálgico.
Está menina e eu estou com trinta e oito.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

imagens que nos definem

Liliane Marise, personagem fictícia de novela, é notícia de telejornal, pois já é disco de um metal precioso qualquer.
Um Lorenzo que é motivo de interesse jornalístico porque é rico.
As autárquicas que, iguais a si próprias, estão ainda mais iguais a si próprias e que convidam a overdoses de Guronsan, juntamente com naifadas nos pulsos.
Assim vamos nós.


domingo, 25 de agosto de 2013

Hollywood não tem só o Rodrigo Santoro e o Diogo Morgado

Tem também Wagner Moura.
E foi uma agradável surpresa descobri-lo a contracenar com o Matt Damon, no filme Elysium :)



terça-feira, 20 de agosto de 2013

voltem depressa

Morreste e ainda não aceitei dizer esta palavra em voz alta.
Escrever que morreste é mais duro, mas mais simples do que falar que morreste.
Existem coisas que se escrevem melhor do que se falam e a tua morte é uma delas. Por isso, escrevo-te que morreste, apesar de ter a certeza - das certezas nenhumas do mundo - de que me lês e àquilo que te escrevo todos os dias.
Morreste e queria mostrar-te tantas coisas que te tenho escrito desde que te foste embora.
Desculpa não termos voltado depressa, mas continuamos aqui, ingenuamente à espera que voltes tu depressa de onde quer que estejas.
Morreste e nós prosseguimos com a tortuosa cadência dos que perdem sem retorno. É que, se há dias em que a morte faz parte da vida, outros há em que queria que a morte simplesmente se fodesse.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

...

Perdoarmo-nos a nós mesmas quando sentimos que não houve férias, apesar de termos saído do sítio do costume.
Perdoarmo-nos a nós mesmas quando sentimos culpa por não termos sentido que tivesse havido férias.
Perdoarmo-nos a nós mesmas por sentirmos coisas menos positivas, apesar de ser suposto sentir alegria constante.
A partir do momento em que nos comprometemos com a maternidade invertem-se os mundos e o descanso deixa de ser o nosso, passando a centrar-se na alegria deles.
Os meus filhos brincaram, mergulharam, comeram sandochas com areia debaixo do guarda-sol, bolas de Berlim, línguas da sogra, gelados a desoras, fizeram castelos de areia pouco sólidos, ficaram com os dedos dos pés estupidamente bronzeados, enchendo-me de vontade de lhes trincar cada um desses pedacinhos de caramelo, riram, gritaram, viveram com toda a energia que pinta as crianças da mais pura alegria.
Conheceram a Isla Mágica e um bocadinho de Sevilha, no que foram os dois dias mais quentes e cansativos da minha memória.
Vim mais cansada do que fui, mas eles trouxeram a recordação de mais um verão em que foram crianças, com todos os direitos e prazeres implícitos e isso, afinal de contas, é o mais importante e o que nos enche da sensação de dever cumprido e comprido ;)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A sério que existem, eu vi

Putos que mantêm os pais reféns numa teia de chantagem emocional e birras e pais que não têm força para contrariá-los.
Está na altura de se libertarem do jugo da birra, pode ser?
Se não querem mais que o vosso filho adormeça todas as noites na vossa cama, caguem lá nas teorias que defendem o co-sleeping até aos 40 anos. A sério, não é impossível um puto ser feliz na sua própria cama e ir à vossa cama em visitas felizes e esporádicas. Garanto que não é.