Se para uns é tremendamente simples encontrar um companheiro de vida, para outros é uma tarefa desgastante, cheia de decepções, de vazios, de desistências e esperanças renovadas constantemente, até todo este saltar emocional se transformar num gigantesco cansaço e os levar a desistir.
Se para uns não há grandes exigências, pedem tão pouco para si que chega a ser doloroso para quem os vê, para outros todos os requisitos e alíneas devem ser preenchidos, nunca entendendo que a perfeição humana não passa de uma grande utopia.
Se para uns a busca foi simples e frutífera, para outros a busca parece interminável e infrutífera.
É também certo que para algumas pessoas o amor, talvez por ter sido tão rapidamente conseguido, talvez por imaturidade emocional, não se reveste daquele valor que damos às coisas raras e difíceis de alcançar. Esquecem-se de valorizá-lo a cada dia que passa. Como os montanhistas que chegam finalmente ao mais alto cume e dali contemplam a grandiosidade do que conseguiram alcançar, assim devíamos fazer de vez em quando em relação ao amor, uma espécie de fotografia panorâmica geral, um balanço, uma contemplação.
Mas andamos tão preenchidos com a estrada bem no meio dos olhos que nos esquecemos de parar na berma e simplesmente olhar a paisagem.
A busca por um amor é diferente para toda gente, não há formas convencionais, nem poções mágicas que nos façam tropeçar nos braços de alguém perfeito. Muitas vezes são necessárias várias pessoas erradas para encontrarmos a pessoa certa. Outras vezes não. O que é certo é que temos que estar disponíveis para recebê-lo e não termos medo de sair da estrada mais confortável da vida, pois é muitas vezes nos caminhos de terra batida, pequenos e bucólicos que encontramos as paisagens mais deslumbrantes...
*O mote para esta reflexão sem grandes conclusões saiu daqui.
Espelho meu
Há 3 dias