Lá mais para a frente, quando estiver no final do tempo da gravidez, irei literalmente mijar-me a rir, pois, além do possível hemorroidal, a incontinência urinária provocada pela tosse, ou pelo riso, é uma das virtudes românticas da gestante de termo.
Mas como ainda vou a meio da coisa, consegui controlar a incontinência ontem ao ver uma notícia no telejornal que dava conta de uma fonte numa aldeia no interior do país, cuja água estava imprópria para consumo. Entre outras coisas apetitosas apresentava elevados níveis de bactérias fecais.
Entrevistaram um habitante local que ia de garrafão em punho, a rebentar de orgulho lusitano abastecer daquela aguinha cristalina.
- Eu cá num quero saber dessas coisas. Sempre me dei bem com esta iauga e num bai ser por causa disso que bou deixar de vevê-la. A minha mulher é que veve qualquer iauga, num quer saver nada daquilo que veve, agora eu não, num lebo qualquer coisa à boca. Só vevo desta!
E pronto. Eu sabia que já havia pessoas a sentarem-se debaixo de falésias em risco de derrocada depois do acidente em Albufeira. Agora beber merda, dizer que a pobre da mulher é que mete qualquer coisa à boca e ter orgulho na matéria fecal que enfia goela abaixo rebenta a escala da estupidez tuga.
Espelho meu
Há 3 dias