Estatisticamente falando ao longo destas quase 32 semanas de gestação, entre muitas outras coisas, tive o prazer, ou desprazer, de confirmar que:
- São sempre mulheres a cederem-me o seu lugar nas filas de qualquer estabelecimento.
- Os homens fingem sempre observar algo invisível na linha do horizonte, ou no telemóvel de cada vez que topam uma grávida a aproximar-se.
Digam o que disserem a solidariedade feminina, pelo menos na prenhice, adensa-se e a falta de cavalheirismo na mesma circunstância é gritante.
O pior é que estou desconfiada que o instinto masculino da cópula, mais comummente conhecido como síndrome do salta-lhe para a espinha que se faz tarde, é que rege o cavalheirismo sob todas as formas.
Eles só cedem lugares, passagem, carregam sacos se e quando a mulher for saltavel. Se não interessar, como é o caso de uma grávida de último trimestre, ignoram.
Bem sei que há excepções, mas como é sabido a excepção confirma mesmo a regra de que se eu fosse uma gaja boa e poderosa em apuros estava sempre a ser salva por um cavalheiro cheio de boas intenções.
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11 comentários:
E eu que ainda não me tinha apercebido que vais ser mamã (ja és), ainda te admiro mais agora. Como é que tu consegues ter este humor com as hormonas aos saltos?
És o máximo!
Bji gde e que continue a correr td bem
Fizeste-me lembrar uma situação que se passou há uns anos atrás, com a minha mãe. Parece uma anedota, mas isto foi verídico! Metropolitano de Lisboa, hora de ponta. A minha mãe estava cansada depois de um dia de trabalho e satisfeita por ter conseguido um lugar no metro apinhado de gente, para se sentar. Algumas paragens mais tarde entra um senhor de idade, de bengala, a tremer por todos os lados, e ao vê-lo a minha mãe levantou-se automáticamente e ofereceu-lhe o lugar onde estava sentada. O senhor, em vez de agradecer e de se sentar, sabes o que fez??? Sorriu para uma gaja loira com umas mamas enoooormes que estava também de pé ao seu lado e ofereceu-lhe o lugar! A minha mãe continuou o percurso até casa de pé, numa carruagem apinhada, ao lado do velho caquético a tremelicar apoiado à sua bengala, a babar-se ao olhar para o decote da loira boazona...
(o comportamento do homem foi péssimo, mas também acho que a loirinha não devia ter aceite, uma vez que viu a situação!)Ahahahah! Agora dá vontade de rir, mas na altura lembro-me da minha mãe contar isto à beira de um ataque de nervos!
Mas enfim, cavalheiros a sério não há muitos! Até cá e casa, tenho que admitir, depende dos dias! Ás vezes parece que acorda inspirado, outras vezes esquece-se das maneiras... ;)
Pelo menos aí as mulheres são solidárias! Aqui, nem homem, nem mulher, nem cão, nem gato, nem esquilo. Ai estás grávida? Azarecos, fica em casa.
Eu, por acaso, dou prioridade e lugar ás grávidas! Mas também ás poderosas! Ah! E aos velhinhos.
oh...eu uma vez dei o lugar a uma senhora no autocarro porque ia jurar que era uma grávida não do ultimo trismestre mas da ultima semana e ela ia-me batendo... aquilo era só "formusura"...
Mas nas filas dou sempre o lugar e o meu homem também que ele já tomou a iniciativa quando eu não reparei!
Nina eu tenho grandes doses de bom humor regadas com enormes doses de mau humor. Mas estar grávida já acrescenta quilos, dores, hemorroidal, incontinência, cansaço. Já viste se me tirasse o bom humor? Era demais...
Raquel esses velhos rebarbados dão-me uma raiva. Se fosse a tua mãe teria ficado exactamente como ela ficou. Eu não digo que os homens só são cavalheiros entre as pernas?
gralha a sério? Eu não fiquei com essa sensação. Não em termos de cavalheirismo, mas nos locais públicos havia sempre sinais de prioridade. Caramba cambada!
Miguel dás prioridade às poderosas porquê? Elas não podem com o peso das mamas é? Mau, mau!
Lia ahahahaha essa foi muito má mesmo :)
subscrevo inteiramente a tua opinião
Beijinho
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