Estou num estado tão pateticamente sonolento, que meço a qualidade de um filme pelo facto de adormecer, ou não, enquanto o vejo.
Quando o sono se entranha e nos provoca dores nos ossos e articulações, está na hora de repensarmos seriamente os filmes que escolhemos para ver. Tudo me soa a canção de embalar, os diálogos, a banda sonora, os sorrisinhos, as bombas que explodem, os tiros, os murros, os chavões, os beijos, as paisagens.
Quando o nosso filho insiste em acordar às 4 da manhã, ou num dia bom, às 6, qualquer filme que me ponham à frente é um drunfo.
Neste caso, falo do Meia Noite em Paris, com o Owen Wilson e a sua voz à la Woddy Allen a fazerem cafoné na minha cabeça.
Tenho a certeza de que se estivesse menos consumida por este estado sonâmbulo, tudo teria sido diferente. Mas Paris nunca foi a cidade da minha vida e o Owen Wilson está longe de ser o meu actor de eleição, por isso, muitos foram os momentos em que cabeceei vergonhosamente.
Acho que este filme é fofinho e despretencioso, bem ao estilo do Woody. Também acho que dá uma bela lição sobre os roaring twenties a um adolescente que comece agora a vibrar com o Hemingway e a Gertrude Stein (estive na campa dela no Pere Lachaise, quando tinha 19 anos), mas eu estou velha e só quero poder dormir uma noite inteira. Por isso, Paris, lamento desapontar-te, mas meia noite é muito tarde para mim :)
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
4 comentários:
"Quando o nosso filho insiste em acordar às 4 da manhã, ou num dia bom, às 6, qualquer filme que me ponham à frente é um drunfo".
Deixa os filmes bons para quando ele começar a acordar às 9!
E se ele nunca acordar às 9????
Vês o E! para sempre.
Oh...ainda não vi...
mas vou estar atenta,
Bj
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