terça-feira, 8 de maio de 2012

Tony

Chateada. Chateada porque tenho um grande fraquinho pelo Tony Bourdain e porque achei que a sua equipa de produção pesquisou tanto on-line, que se esqueceu de viver Lisboa. A ideia que transpareceu foi a de uma Lisboa melancólica, sisuda, depressiva e do fado. Ouvi a palavra Crise mais de 200 vezes. E quando o Lobo Antunes diz, entre uma passa e outra, que o Fado é a ditadura e por isso não gosta de o ouvir, com o ar mais carrancudo desde universo, deu-me uma dor no intestino delgado. Sim, Lisboa também é isso, mas não é apenas isso. Até o Zé Diogo Quintela estava tristonho, caraças.

3 comentários:

Silvina disse...

Eu vi e gostei. Achei o mood um bocado deprimente sim, mas é também o que sinto quando vou ai a Portugal, portanto confere...

(E apertava com força as bochechas ao Lobo Antunes e dava-lhe beijinhos, para lhe passar a associação fado-estado novo)

triss disse...

Eu também gostei, embora ache que exageraram na bifana e no prego.
E depois, qualquer episódia feito sobre Lisboa será sempre controverso, são tantas as abordagens possíveis.
Quanto ao Lobo Antunes, o que sofreu na guerras e ditadura, ainda o consome.

Ana C. disse...

Eu cá acho que nós não somos só assim. Achei a malta toda trombuda e triste. Ou será que somos mesmo?
Até o meu querido Tony estava contido.