Nem todos temos que ser heróis e superar obstáculos de forma irrepreensível, até porque o tamanho dos obstáculos varia consoante os olhos que os enfrentam. É precisamente como a tolerância à dor, que varia de pessoa para pessoa.
Essa treta de enchermos o peito a desafios que nos tolhem é precisamente isso, treta. Resulta para uns, não tem que resultar para outros.
Muitas vezes é de peito para dentro e estômago colado ao coração que avançamos, a medo, inseguros, mas ainda assim ousamos dar o primeiro passo, mesmo sabendo que poderemos estacar ali adiante, envoltos na névoa da falta de forças e de protagonismo na nossa própria vida, envoltos na dúvida de que somos realmente capazes de fazer diferente.
E isso não é necessariamente bom, nem mau. É apenas.
Para esses, cada pequeno passo que não volta para trás é uma imensa vitória, mas não é um salvo conduto para que tudo continue a correr bem. Há que firmar bem os pés a cada passo alcançado.
Admitirmos que somos frágeis é abrirmos a porta a caminhos diferentes daqueles que trilham os que derrubam tudo à sua frente e assumirmos que nem todos temos que ser super heróis, mas que nem por isso, deixaremos de ter as nossas pequenas grandes vitórias.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
5 comentários:
Gosto:)
E eis o texto com que melhor me identifico, mesmo a fechar o ano. Obrigada Ana :)
Concordo plenamente :-)
Isso de termos todos de ser fortes e imbatíveis é uma grande treta que nos tentam impingir desde pequenos. Super heróis apenas vivem nos livros de banda desenhada!
Beijinhos
Mi casacón <3 <3
(Obrigada.)
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