Alguém dizia outro dia que a humildade não era necessária para nada. Que ninguém era bom naquilo que fazia à conta dessa católica característica e sei que é verdade, pois muitas vezes, a autoconfiança nas próprias capacidades, a noção de que se é bom a valer naquilo que se faz, é uma gasolina com aditivo para continuar a fazer-se melhor.
E, verdade seja dita, prefiro um bom vaidoso a um falso humilde.
Estes são os factos e as constatações.
Mas nada disto impede que os vaidosos e apaixonados pela sua imagem e desempenho, apesar de viverem num idílio permanente consigo próprios, sejam dez vezes mais irritantes para o resto do mundo.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
4 comentários:
Continuo a acreditar que auto-confiança não tem de implicar fanfarronice. Aliás, alguém que acredita em si próprio tem de ter noção das suas limitações - senão não se trata de confiança mas de gabarolice oca.
A falsa modéstia também sempre me incomodou um bocadinho... podemos ser bons nalguma coisa, mas não é preciso andar a esfregar isso nos demais...
Tens tanta razão, mulher, tanta gente cheia de HuMidade, húmidas por se verem tanto ao espelho. Entristece-me mais ver pessoas apagadas das suas próprias vidas, a babarem com as vidas auto-contadas-exaltadas dos outros.
Eu gosto da humildade, gosto muito. Quando ela convive com o reconhecimento do nosso próprio valor. Uma coisa não impede a outra.
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