Porque é que estamos sempre prontas a debater o impacto que a cozinha desarrumada tem na nossa relação e eles simplesmente propõe-se a arrumá-la e acabar com a discussão?
Porque é que quando a discussão para nós ainda agora começou, para eles acabou de terminar?
Porque é que adoramos aprofundar até ao tutano enquanto eles se ficam pela superfície das coisas?
Porque é que para nós é tudo, ou nada e para eles um dia é tudo e o outro pode ser nada?
Porque é que quando ainda agora começámos a esgrimir argumentos, cheias de malabarismos intelectuais, para eles é simplesmente ponto final no assunto.
Porque é que para nós há cinzento e para eles há preto e há branco?
Porque é que apesar de um mundo de diferença entre nós, o mundo continua a não fazer sentido sem eles?
Acho que é como diz na imagem: Uma cozinha desarrumada é uma cozinha feliz e um homem e uma mulher nunca hão de ser harmoniosamente arrumados. Provavelmente perderiam a piada toda.
11 comentários:
O que escreves tem, em mim, o condão de me serenar. Emanas uma tranquilidade extraordinária e as letras que escreves batem em mim, ecoam, falam, assobiam e fazem-me pensar.
De facto nada faria sentido sem eles. Mas eles moem-nos a paciencia, exasperam-nos, e isso, muitas vezes, faz-nos querer desistir. Por outro lado, somos talvez demasiado complicadas.
O meio termo seria o ideal. Nem tão complicados, nem tão básicos!!
Obrigada pelo que fazes ecoar em mim.
Um grande, grande beijo!
Oh Joaníssima, agora deixaste-me encavacada. Obrigada. Saber que sereno alguém deixa-me sempre muito feliz.
Acho que nós mulheres somos as rainhas do emaranhado, da complicação, do drama. Eles muitas vezes andam à deriva numa vã tentativa de nos entenderem e nós não fazemos o menor esforço para lhes explicar. Eles têm que nos adivinhar e isso Joana, acho que nunca vai acontecer ;)
Pois não, Ana, não nos está nos genes...
(já pra não falar daquela limitação irritante que eles têm de não conseguir fazer duas coisas ao mesmo tempo... tipo ouvir e cozinhar... ahahahaha)
Um texto fabuloso...como sempre!
Obrigada
Ó Ana C., bem sei que isto não tem nada a ver, mas não devo deixar passar a minha indignação pela frase que proferiu num outro espaço: "com eles não se brinca". Devo dizer-lhe que o considero um comentário infeliz e pouco pensado. E convido-a a visitar, por exemplo, a Mesquita de Lisboa (local onde nunca estive), estou certo de que seria recebida de braços abertos e de que a sua ideia e eventualmente algum preconceito cairiam por terra, e ficaria com uma imagem mais nítida do que são as pessoas que (por acaso) professam o credo islâmico. E digo-lho eu, que não tenho nesta matéria qualquer interesse que não o da justiça, sou ateu e nem acredito que Alá exista.
Bruno já vi que não percebeste que humor é apenas e só isso. O meu comentário seguiu a linha do post. Não foi minha intenção divagar profundamente sobre nada. As minhas convicções e opiniões religiosas não se definem num comentário de duas linhas num blog. Cada coisa no seu contexto. Fica bem.
Porque nós somos nós e eles são eles, e apesar de vermos cinzento e eles so verem preto e branco, apesar de aprofundarmos as coisas e eles ficarem pela epiderme, apesar disso tudo parece que é assim que tem que ser, como se seguisse um ritmo lógico. Porque se calhar se eles não fossem assim, nós não iamos estar satisfeitas na mesma, e porque apesar de todos os defeitos é assim que gostamos deles, é com esses defeitos que sentimos falta deles e que chegamos à conclusão que não podemos viver sem eles.
Adorei o texto, mesmo =)
bj***
Cinzento?? O que é cinzento?....
Mulheres... ufff.
;)
Sílvia, ainda bem que nos temos umas às outras para nos sentirmos menos sós na nossa "loucura" feminina...
Bjs
McSleepy, sempre que quiseres entender melhor todo o leque de cores entre o preto e o branco, volta aqui ao meu blog, tenciono dar uma ajuda para que se faça luz no olhar monocromático masculino ;)
Porque nós somos mulheres e eles homens, porque nós temos uma paciência sem limites e eles nehuma, porque os homens são de Marte e as mulheres de Venus...;-)
E porque se assim não fosse, se não existissem tantas diferenças as relações seriam uma coisa mto chatinha...
Apesar de tudo, e tb apesar do que já sofri nesse campo (e a acredita que foi mto), apesar de viver só há 6 anos já, continuo a achar dia após dia que a minha existência não faz mto sentido se a minha metade da laranja ( e nisso já percebi que temos exactamente a mesma opinião) não vier a me completar um dia destes. :-)
Ah, e concordo com a Joanissima, tu tens de facto a capacidade de através dos textos de acalmar os nosso piquenos corações...;-)
Acho que no fundo, tens uma parte de ti que está completa e isso é que mtas pessoas desejam, e se calhar mtas das pessoas sem ela acabam por andar meias perdidas.
(e pronro, apetecia-me imenso agora dissertar sobre este tema, mas claro não o irei fazer aqui que é o teu cantito, desculpa por me estar a estender...:-)
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