Assim que fecho a última página de um livro de que tenha gostado, atiro-me para dentro da net e cusco tudo o que há para cuscar sobre o seu autor, locais descritos, personagens.
Se o escritor já morreu, planeio viagens aos locais onde viveu quando escreveu as suas obras, faço questão de visitar a campa, sonho em olhar o mesmo céu que ele olhou, encontrar a casa onde viveu.
É claro que na maior parte das vezes, nada disto se concretiza. Tirando as viagens pela net e pelo google. Mas sou assim, cuscuvilheira acerca dos meus ídolos.
Lembro-me de, há muitos anos atrás, ter lido uma biografia da Isadora Duncan e de ter ido a Paris nesse ano, arrastando as minhas amigas ao Cemitério Pére Lachaise, só para descortinar a campa dessa tipa de vida trágica. As minhas companheiras bufaram, protestaram, não entenderam. Para elas era a campa do Jim Morrison e pouco mais, mas para mim, aquele local de repouso eterno era um mar de potencial. Era a oportunidade de agarrar um bocadinho (ainda que o bocadinho mais mórbido) da vida dos inalcançáveis.
Queria descobrir todas as campas pouco concorridas e sentar-me ali, de conversa com os meus ídolos.
Visitar a casa onde nasceu e a casa onde viveu o Mozart. Imaginá-lo ali, a tocar as suas primeiras obras, a dormir, a respirar, foi do mais mágico que já me aconteceu.
Por tudo isto sei que um dia, quando tiver acumulado muitos milhões de dólares, organizarei a minha viagem de sonho, com passagem por todas as aldeolas, cidades, tascos, por onde já passaram os meus fetiches :)
Maioridade
Há 5 dias
9 comentários:
Querida Ana, boa ideia para fazer roteiros de viagem :)
Podemos começar pelos portugueses... obrigada por mais uma dica fantástica!
Beijinhos.
Isso é muito bom...mas ir a Paris...e não ir visitar a campa do Jim...é como não ver a Torre...
Por favor, paga-me um tour pelos cemitérios. Por favor.
Manuela, arranja isso que eu alinho ;)
Eu sou Eu, mas quem disse que não fui ao Jim? Das duas vezes que fui ao campómetro parisiense, fui ao Jim ;)
Melissa, também alinho. Eu tenho uma atracção estranha por cemitérios.
Mas pagar, pagar, pagas tu filha.
Pera, tu disseste que ias ganhar milhões. Não me lixes.
Quando tiver milhões serei forreta.
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