O António vê a irmã no meio de muitos meninos vestidos de igual. Ele já sabe a mesa onde ela lancha e estende o dedo em riste para ela, com um sorriso de orelha a orelha.
Quando estaciono o carro perto da escola e lhe digo: Vamos buscar a Alice? Ele agita-se, numa excitação enternecedora.
Chateiam-se, gritam-se, empurram-se, têm ciúmes, mas entre os dois já existe um elo forte e invisível, só deles.
As doenças são a dobrar, as birras são a dobrar, o cansaço é a triplicar, a roupa para lavar é a quadriplicar, mas, no final do dia, quando a casa dorme e eu entro nos seus quartos, gosto de os sentir dois. Gosto de os saber um do outro. Gosto que se tenham um ao outro e adoro ver quatro pratos na mesa.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
3 comentários:
É mesmo. E agora que tenho os dois em casa e eles já brincam juntos (o Gugas é um poço de paciência) é mesmo de nos encher o coração. É uma coisa espectacular, esta de produzir irmãos :)
Gostava de um dia destes poder ter essa sensação... já que nunca soube o que era ter irmãos!
É mesmo! Estas palavras podiam ser minhas. Também sinto os meus filhos assim e é tão bom ver essa cumplicidade.
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