"No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo Inverno após novo Outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.
Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos"
Ricardo Reis
Não conheço nem um cagajésimo dos poetas de todo o mundo, mas, no meu íntimo instinto, sei que jamais poeta algum falará de mim como ele fala.
Dos Infernos na terra
Há 3 semanas
8 comentários:
Existe algum heterónimo alegrinho?
Não ofendas o mestre. A alegria não é para aqui chamada, sim?
Eu sou mais Álvaro de Campos....afinal nascemos no mesmo dia!!!
Nunca conheci ninguém cujo heterónimo favorito fosse Ricardo Reis, é o teu favorito?
Pessoalmente Álvaro de Campos 3º fase é o meu, mas cada vez compreendo melhor ALberto Caeiro.. a Natureza e as papoilas e a contemplação e isso. ;)
Ana Cê do céu, mulher! Tu desculpa a minha insensibilidade perante tão bonito e profundo poema,mas por favor esclarece-me antes que eu deprima: Comé que a poesia ajuda a combater o colestroli?
Margarida, eu gosto do homem inteiro. Gosto do Fernando People com todos os seus Eus esquizofrénicos. É a ele que me refiro quando digo que é o meu preferido :)
Ginguba, não faço a mais pálida ideia, mas há um estudo qualquer que o diz. Posso jurar que ouvi falar nisto :) Se calhar tem Omega 3.
Faz bem ao Ómega, como dizia o filme.
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