Mas os meus filhos têm-se portado lindamente.
Dormem juntos na mesma cama, com uma excitação e cumplicidade comoventes.
Escavam juntos na areia da praia e refugiam-se das rabanadas de vento num abraço que comporta tanto de medo, como de gritos de entusiasmo.
Comem sandochas de queijo na praia e soltam hmmmm's de prazer.
A ilha ecológica (sim, aqui no Algarve, há muito dessas ilhas de lixo separado e arrumado :)) mesmo em frente à casa, é motivo da mais pura das alegrias, de cada vez que se aproxima o camião do lixo com uma grua. O António grita, em êxtase chamando toda a gente e a irmã acompanha-o até ao portão, onde os dois acenam ao senhor do lixo e lhe gritam olá.
As simples voltas ao quarteirão são excursões de escuteiros e o caminho de carro até à praia é acompanhado da sempre igual pergunta do António:
A praia, mãe, ó mãe, ó mãe, a praia? Pai, ó pai, a praia, pai?
E aqui me chibato e flagelo por ter pensado tão mal deles e ter imaginado as birras e os gritos e a loucura, em vez de ter esperado o melhor.
Estes putos estão crescidos e eu não me canso da alegria deles.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
4 comentários:
Estão crescidos os teus meninos e uns queridos. Que ternura. :)
Beijinhos, querida Ana.
Eles dão-nos boas surpresas quando menos se espera!
As crianças no seu melhor: sempre a surpreender. Boas férias! Beijinho
É tão bom estarem crescidos, não é? Alimento a fantasia de que agora teremos bonança até à adolescência. E obviamente que também não haverá mais doenças de Inverno, claro.
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