Sei que o Toy é mesmo meu filho, quando entro na sala, onde ele olha vidrado para o seu último fetiche cinematográfico, com uma atenção absolutamente comovente, respeitando a solenidade da cena em questão (que me faz lacrimejar de cada vez que a revejo, confesso).
A última cena do Toy Story 3, em que o Andy adolescente dá os seus brinquedos a Bonnie e se despede deles.
Eu percebo que há alguma coisa que mexe com ele, mas que ele próprio não entende ainda bem. Afinal de contas ainda nem chegou aos 3 anos, é mais do que compreensível. A banda sonora triste, os olhinhos dele que não piscam, a sala em silêncio.
Faço-me anunciar e o meu filho, sem se virar, enxota-me com a mão, dizendo: Sai, mãe, sai. Adeus!
Ele quer curtir o momento comovente sozinho.
Sou exactamente assim. Momentos comoventes são para curtir sozinha.
Por muito egocêntrico que isto possa parecer, principalmente quando estamos longe do virtuosismo, gosto de imaginar que os nossos filhos podem de facto trazer pedacinhos de nós no seu código genético.
3 comentários:
É, não é? :)
(e o que eu chorei nesse filme, jasus!)
Creio que todos eles encerram coisinhas nossas... seja por herança genética ou por espelho de personalidades...
Quem é que consegue não chorar nessa cena???!!
Às vezes chego a pensar que sou eu que sou uma chorona, agora fiquei feliz de chegar aqui e encontrar uma, duas, três, comigo quatro :)
Chorei em todos os filmes toy story, há sempre uma cena que me comove até às lágrimas. Para mim, dentro do género, o melhor filme de sempre!
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