quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Detesto tentar gostar

de pessoas, de filmes e, acima de tudo, de livros.
Não deveriamos ter que tentar gostar. Tentar gostar é um dos esforços mais inúteis do planeta. Ou se gosta, ou não se gosta.
O gostar mais ou menos, cai na esfera do não gosto, mas causa-nos aquele impulso estúpido de não desistir logo. Pode ser que melhore, pode ser que esteja enganada, pode ser que...
É precisamente o que me está a acontecer com este livro. Alguém me explique, por favor, o que é que leva alguém a pensar que a sua vida profundamente bocejante, reveste alguma espécie de interesse para o comum dos mortais, como eu?
É certo que ainda não cheguei a meio do livro, mas até agora, fiquei a saber mais sobre a vida do criador do Peanuts (charlie Brown e companheiros) do que da história do auto biografado.

8 comentários:

Ana. disse...

Uiiii! de pessoas então!!
Tenho uma panca com os livros, que não gosto mesmo de deixar a meio, porque às vezes, nas últimas vinte páginas: tcharaaaam! Tudo faz sentido.

Mas gente chata e inconveniente, sem consideração pelos outros... deixo-as a um terço! (Vá, pelo menos tento!)

Pekala disse...

mas porque não me perguntaste?tótó.

gralha disse...

Mas por que é que pegaste nesse e não no Corrections ou no Freedom???

Se não gostas, larga. Uma pessoa não chega a esta idade para fazer fretes no que é suposto ser uma actividade prazerosa :)

Ana C. disse...

gralha, eu queria o Correcções, sim, mas não havia. E este estava em promoção (péssimo critério, péssimo critério).
PEKALA, QUEÉQUEVOULERAGORA??????
Não quis maçar-te nesta altura natalícia.
Anapontinho, quando gostas de alguém mais, ou menos,não é um bom começo.

Naná disse...

No que toca a livros sou como a Ana Mê... detesto deixá-los a meio. Alguns houve que deixei a meio e anos depois regressei a eles, só pela teimosia! Foi o caso do Memorial do Convento... e depois gostei mesmo muito.

Mas há um ao qual jamais quero voltar: O Arquipélago da Insónia do António Lobo Antunes. Após 80 páginas continuava sem perceber putavina da história, se é que história havia...

Mas a idade está a levar-me pela abordagem da Gralha, já não tenho vontade de fazer fretes com coisas que é suposto me darem prazer...

Sílvia disse...

Eu detesto deixar livros a meio, mas por exemplo tive que deixar as intermitências da morte do Saramago a meio, a sério já não aguentava aquilo. Simplesmente não deu. E eu já me deixei de coisas se não dá, não dá e pronto, paciência, passa-se ao próximo.

Ana. disse...

Sei que sou provavelmente uma inculta, herege e muito mais coisas ruins, mas fico tão contente por saber que não fui a única a deixar um livro do Saramago a meio! Tentei ler O Memorial do Convento - não consegui, tentei ler A Jangada de Pedra - não consegui! Acabei por desistir de Saramago!

Sílvia disse...

Ana

o memorial do convento por acaso consegui ler muito bem, o ensaio sobre a cegueira também mas este já me estava a meter impressão, não consegui pronto. Quando não se gosta para qu~e fazer o frete? :)