Um homem pode falar sobre cocó, caganeira, desarranjo intestinal. Um homem pode passar horas infindas a dissertar sobre cores, formas e feitios, locais de descarga e a fazer piadas sobre o troço. Um homem que consiga ouvir-me explanar teorias sobre diarreia, qual criança que vibra de cada vez que se fala cocó, sem julgar a graduação do meu q.i., é de facto alguém com quem, certamente, gostarei de partilhar boas gargalhadas.
Agora não poderá jamais deixar a suspeita, ainda que subtil e leve, que efectivamente caga.
Um homem não caga. Fala sobre isso com um à vontade espetacular, formula piadas profundas, mas jamais nos deixará perceber quando e onde faz ele a sua descarga.
Portanto, aqui deixo eu o meu contributo sapiente na arte para um casamento harmonioso:
Não digam ao que vão quando têm que ir. Apaguem o rasto e apregoem aos sete ventos que padecem de um defeito físico raro, que consiste na arte de não passar merda pelo vosso organismo.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
3 comentários:
Ahahahahah! Tive uma colega de casa que queria um casamento como o dos pais: enquanto um cagava o outro lavava os dentes, tudo na boa, com o maior do à vontade. Nunca me esqueci da definição dela de "amor é...". A primeira vez que partilhei o wc com o meu homem e um e nós ocupava o trono senti que tinha um bom casamento, ahahahahahahah! até corei, agora.... :)
Escatologicamente incorrecto esse tipo de discurso...
Mas por acaso acho curiosa a mania dos homens de se gabarem das suas proezas intestinais com um orgulho desmedido...
Cagar à frente do outro é a derradeira fronteira. JAMAIS deve ser ultrapassada. Sem excepções.
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