quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Paciente Inglês


Tinha 21 anos e esperava sempre por um filme com a expectativa dos que aguardam a chegada de um grande amor. Era aquele que me arrebataria e me transportaria para bem longe dos meus dias sempre iguais.
O cinema sempre foi o lugar onde me era permitido sonhar. Chegava a sair de uma sessão e entrar na seguinte, para ver outro filme.
Andava à espera deste filme há meses. Por isso mesmo, entrei  na sala de cinema com a certeza de que iria assistir a uma história inesquecível.
Enganei-me. Foi uma tremenda decepção. Tirando a maravilhosa Juliette Binoche e a sua história, aquele casal gelado, de aspecto germânico não criou a menor empatia com o meu exigente coração e a história pouco me disse.
Mas a música, meu Deus, a música emprestou toda a emoção que faltava.
A banda sonora deste filme é simplesmente brilhante e ainda me acompanha nos dias em que preciso de chegar àquele lado onde ninguém me encontra.

8 comentários:

gralha disse...

Revi no passado fim-de-semana e voltei a adorar. Tirando o facto do Almasy falar como o Sheldon do Big Bang Theory, voltei a achar tudo perfeito.

(efectivamente, nunca iremos ao cinema juntas, está visto)

Ana C. disse...

Efectivamente, poderemos ir juntas ao cinema, mas sairmos da sala com opiniões diferentes :)

Carla R. disse...

Teria eu também 21 anos ? Adorei, acho que vi o filme todo sem respirar. Lembro-me de sair da sala de cinema sem falar, o namorado a comentar e dizer o que achava bem, o que achava mal, toda a gente na boinha e quando tentei responder a uma pergunta desatei a chorar ali à frente de toda a gente. No dia a seguir recebi o CD da banda sonora. Nunca mais o vi, mas volta e meia ouço a musica.

Ana C. disse...

Carla, também nunca mais vi o filme. Será que hoje em dia o veria de maneira diferente?

gralha disse...

OK, OK. E os crianços fazem o mesmo, visto que também discordam nos gostos cinematográficos ;)

Naná disse...

É um filme que não me cativou particularmente, mas vi-o na TV. Talvez a mística fosse menor por isso...

Carla R. disse...

Não me apetece vê-lo outra vez exactamente por isso, e se não gostar ? O que é que faço ao CD ? Entra na mesma categoria das Brumas de Avalon, tenho muita vontade de as reler, mas não sei se o vou fazer. Talvez com a minha filha, mais tarde.
Muito rararamente vejo duas vezes o mesmo filme.

Cat disse...

Eu gostei bastante do filme na altura, nunca mais o revi mas a banda sonora essa sim é divinal. Tenho muitas saudades dos tempos em que, como descreves, aguardava ansiosamente pela estreia de certos filmes e "consumia" cinema com muita frequência, chegava a ir sozinha a sessões à tarde por exemplo...