Hoje no carro, enquanto ouvíamos esse mítico ex-jogador da bola que canta ópera chamado Andrea Bocelli, a Alice delirava tentando acompanhá-lo nos agudos. Vai daí decidi partilhar com ela que aquele cantor de voz tão maravilhosa, não conseguia ver, era cego.
- Que horror mãe, coitado. Mas como é que as pessoas deixam de ver? Caem-lhe os olhos?
Tento não rir.
- Não Alice, às vezes nascem sem conseguirem ver, outras vezes são doenças que vão pondo os olhos mais fracos, até deixarem de conseguir funcionar, os olhos ficam doentes também.
Silêncio.
- Mas já viste como ele canta tão bem?
Silêncio. Eu sei que quando a resposta é silêncio o cérebro dela carbura a todo o gás.
- Mãe, ele se calhar olhou para o sol com óculos 3D e ficou cego.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
8 comentários:
Tenho de te gravar um CD mais apropriado para o carro.
sabe-se lá! a miuda até pode ter razão!
Melissa chata eu tenho de tudo dentro do carro, desde a turma do balão mágico, a Ivete Sangalo, a Bruce Springsteen a Cecilia Bartoli e sim o Bocelli...
Não há ditaduras musicais na viatura, ouvimos de tudo :)
Lia foi precisamente o que lhe respondi:
Se calhar foi mesmo isso que ele fez Alice.
E são realmente as melhores conversas do mundo, as conversas que temos com eles! Conversas ingénuas e puras, sem pingo de maldade.
Se todos vissem a vida pelos olhos das crianças, tenho a certeza que este seria um mundo bem melhor!
Dorushka, as crianças desintoxicam-nos. Não há nada que estas conversas do arco da velha com a minha filha, não me façam esquecer :)
Pois é Ana, isso é uma grande verdade! Eu às vezes tenho cada conversa com o meu mais velho que só me dá para rir. Sozinha, claro, que eu não quero que a criança ache que estou a gozar. Mas são uma delícia de conversas.
A tua Alice tem um lado prático que me fascina :)
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