Se há coisa gira nisto de ser mãe, ou pai, é podermos debitar conselhos e vermos os olhinhos ingénuos deles abrirem na potência máxima, enquanto escutam as palavras (para eles) sábias da mãe, ou do pai.
Nunca achei saber grande coisa sobre a vida, ou sobre o que quer que fosse, pois sempre entendi que a minha vida não é a vida de mais ninguém. É só a minha vida, os meus problemas, as minhas buscas e concretizações, que não são necessariamente as dos outros.
Mas para vocês, filhotes, aqui vai uma reflexão:
Construam sempre uma história com o vosso parceiro, antes de decidirem ser pais. Viagem, criem memórias a dois, façam questão de escrever umas páginas sem mais personagens além de vocês. Só assim aguentarão a sucessão de tarefas, de obrigações, de pequenas rotinas, de submersão que virão com os filhos.
Só assim conseguirão continuar a remar com o vosso parceiro, a um ritmo sereno, pois já sabem como foram antes deles e é precisamente isso que sabem que voltará passado um tempo.
Segurem-se à história que fizeram lá atrás e esperem por ela, quando o romantismo não surgir todos os dias por cansaço, quando não houver tempo, nem força para namorar, pois que não há ajudas, quando a coisa estiver tão romântica, como uma tigela de canja e umas pantufas, vocês poderão sorrir e recordar o que já foram. Poderão dar a mão ao vosso parceiro, com a certeza de que são mais do que isso.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas