A nossa ministra Assunção Cristas(sim, a que tomou a vanguardista e muito eficaz medida de a malta ir trabalhar sem gravata para o bem do país), é constantemente abordada por jornalistas rosa, que a questionam sobre os filhos:
Ah, eles ressentem-se muito com a sua ausência?
Ah, como é que concilia tudo?
Ah, como é que consegue ser mãe e ministra?
Eu queria saber, pois não posso saber tudo neste mundo das revistas e afins, se também fazem essas perguntas aos ministros-gajos.
É que, de tanto ser abordada com perguntas fodidas e cretinas, ela sai-se com respostas no mesmo nível, do género:
"O melhor que posso fazer pelos meus filhos, é dar o meu melhor pelo nosso país."
Acredito que ela não saiba mais como não mandar os jornalistas para o pénis, mas uma resposta destas não é aquilo que um puto deseja ouvir, quando pede à mãe para ir ao Parque.
Espera aí, que primeiro tenho que ir tratar do país.
Deixo aqui um manifesto, utópico bem sei, anti-perguntas cretinas. Ou, em não sendo possível, proponho que formulem essas mesmas perguntas cretinas aos homens do governo, que deixam as mulheres a braços com a família de pai-ausente.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
6 comentários:
Tenho muita pena das figuras públicas por terem de responder a tudo sem nunca poderem mandar uma fineza do género 'xúpamus', a sério que tenho.
Eu assino esse manifesto.
Haja perguntas cretinas por essa comunicação social afora!...
Parece que os filhos de uma ministra são fonte de maior preocupação do que os filhos de um ministro...
É a sociedade "patriacal" que temos...
Adorei, Casaca.
É como o Hugo escreveu há uns tempos: um homem sozinho no supermercado com o filho é um paizão. Uma mulher sozinha no supermercado com o filho é uma mãe normal. Se um homem passa 12 horas no escritório é normal. Se uma mulher passa 12 horas no escritório é uma mãe negligente.
ODEIO essa divisão garantida de papéis e cá em casa fazemos de tudo para lhe dar a volta.
Muito bom :-)
Touché Melissinha.
Onde é que eu assino? ;)
Bjs
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