O cheiro das tarefas de todos os dias começa por entrar dentro de mim através do cheiro do café que faço de manhã cedo.
Não troco a minha máquina de café velha e gasta por nenhuma Nespresso da vida. O cheiro das cápsulas coloridas dá-me arrepios. É como se fosse um comprimido de café e eu odeio tudo o que seja comprimido em termos de tamanho.
Adoro encher uma das minhas canecas enormes e bebericar enquanto vejo as notícias da manhã. Adoro sentir o fumo quente a embaciar-me os óculos e principalmente, adoro a forma subtil como vou começando a acordar depois de cada trago.
Os dias deviam começar assim para toda a gente, ao sabor do café.
1 comentário:
Nem digas nada... ganhei uma nespresso de casamento e, como não tinha espaço para as duas moças, a minha cafeteira-de-pobre foi parar a casa do meu mano.
Às vezes fazia um café fraco só para ter o cheiro em casa de manhã, que me lembrava as manhãs brasileiras, sempre cheias de cheiro de café fresco.
Não consigo enfiar a igrejinha da nespresso nas minhas manhãs, só uso quando vem cá malta. Em vez disso, faço-me um grande balde de nescafé ou neste período gabriélico, de mistura com café. Não é o mesmo cheiro, mas já aquece um cadinho.
Por falar nisso, vou lá buscar um.
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