Às vezes acordo cansada. É como se dormir já não bastasse para me recompor do dia anterior. As noites acabam muito cedo para a quantidade de sono que precisa de penetrar no meu sistema.
Ainda assim tive que escrever de manhã e cada palavra, cada letra saiu como se me tivessem assaltado a alma e roubado a inspiração durante a noite.
Depois da tortura do teclado só me apetecia olhar o vazio e esvaziar-me de tudo a pouco e pouco, sem falar, sem me mexer, sem fazer qualquer movimento que desperdiçasse a energia que recuperava devagar.
Mas já não posso ficar assim. O tempo a sós é um luxo que já não tenho há muito tempo.
E contra tudo o que o meu corpo pedia, dei por mim em excursão familiar até à árvore da Zon em Lisboa.
Nem se diz árvore de Natal, é mesmo árvore da Zon (tv cabo). E que no fundo é uma coisa imensa em metal, cheia de efeitos luminosos.
Será assim tão complicado fazer uma árvore de Natal que pelo menos pareça um pinheiro verdadeiro?
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
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