sábado, 13 de março de 2010

António Feio

Não sei o que é estar gravemente doente, nunca senti na pele a minha própria mortalidade através de uma doença, apesar de sentir muitas vezes profundamente os confrontos dos outros com o fim, a luta, a esperança morta e ressuscitada uma e outra vez, até vencerem, ou não a batalha.
Também sei que toda a gente lida de forma diferente com as suas próprias dificuldades. Uns com constante tristeza, outros de sorriso nos lábios, uns insistindo em dividir o fardo com os mais próximos, outros não querendo incomodar e todos eles estão no seu direito de caminharem ao seu próprio ritmo, de sofrerem na exacta medida do que conseguem.
Por nada disto me ser indiferente sorri por dentro ao ver o António Feio num programa da Sic (não me lembro do nome) e fiquei presa do princípio ao fim única e exclusivamente pela forma como soube fazer-se alvo do seu próprio humor com uma inteligência e suavidade de fazer inveja a muitos Jay Lenos da vida e afins.
Barbara Guimarães:
- Verdade ou mentira que rir dá saúde?
António Feio:
- Está claro que é mentira, olhem para mim, ganho a vida a rir e não tenho puto de saúde.
E com isto eu só posso concluir que há pessoas que encaram as doenças da mesma forma como sempre viveram a sua própria vida. São absurdamente coerentes e comovem, comovem muito enquanto nos fazem rir.

7 comentários:

cArLos disse...

Verdade... e já agora, toca a aproveitar o dia que é de sol, logo, cheio de vida!!!!

bjs Ana C.

Precis Almana disse...

Pois é, esse homem tem sido um exemplo, pelo menos no que nos é dado ver...

Petra disse...

tambem o vi e acredita que realmente é tal como dizes.
ele e continua a viver a vida como sempre viveu!
independentemente de estar doente

InêsN disse...

:'o)

R disse...

Olá Ana. Andas com menos sono? O teu filho já te deixa descansar mais? Espero bem que sim.
Quanto ao António Feio. Eu não o vi na Sic, mas tenho lido que está a lutar bastante para sair vencedor. Tem que ser bastante forte, pois já com ele doente, morreu-lhe a irmã com a mesma doença.

Cat disse...

Pois é Ana, vi o mesmo e senti e pensei o mesmo, é impressionante!

Cláudia disse...

Gostava de ter visto.
Os bons exemplos nunca são demais.