Hoje vou remar contra a maré e falar de pais merdosos. Precisamente por estar muito bem servida de pai em todos os sentidos e mais algum custa-me muito saber que nem todos os filhos têm a minha sorte.
Eu tinha a quem entregar os trabalhos que fazia na escola neste dia, mas sabia que nem todos os meninos tinham destinatário para as redacções, molduras feitas de molas da roupa, copinhos para canetas e tudo o que se fazia na sala de aula com tanto entusiasmo. Sabia e estranhava. Hoje sei e fico triste.
Hoje penso como é que se pode ter um filho e não querer saber dele uma vida inteira, ou ter um filho e abusar dele física e psicologicamente, infligindo feridas emocionais para uma vida inteira.
Hoje penso como a parte mais fácil de todas é gerar e pôr no mundo um filho e como o lado mais importante é tantas vezes esquecido por dar mais trabalho.
Hoje penso que, tal como se chumba no exame de condução e não se pode conduzir, também certas pessoas deveriam ser chumbadas no teste de ser pai e não poderem ter filhos.
Maioridade
Há 5 dias
11 comentários:
Eu costumo dizer que deveriamos todos ser submetidos a rigorosos teste psicológicos e psiquiátricos antes de nos ser permitido ser pais. Aliás, a paternidade devia ser um acessório à vida humana que só seria desbloqueado se houvesse testes inequívocos de sucesso. Hoje ouvi uma história de um homem que vive na mesma rua do filho e simplesmente o ignora. Quanto a isso: filha de uma grendessíssima puta.
de pai e de mãe....
Deixa-me assinar por baixo???...
É mesmo uma tristeza... É por isso que não critico quem não quer ter filhos. Se não quer, mesmo com muita vontade, então mais vale não os ter.
estou plenamente de acordo convosco, tanto exame que se faz, porque nao??
Pois é ana, agora disseste uma boa e grande verdade.
porque no dia do pai ha que falar também daqueles que não o sabem ser.
um beijinho
Miguel
Eu percebo que tu queiras ofender o homem que não liga ao filho. Mas para isso foste buscar a mãe dele, que possivelmente não teve culpa disso; a culpa há-de ser só dele... (equívocos de linguagem :-))
Ah, quanto a pais, o meu é um querido.
Tantas e tantas histórias tristes por esse mundo fora.
Ainda tenho espaço para assinar?
E como eles assumem as "formas" mais insuspeitas...
Segui-te até ao teu blog, para ler o post que mencionaste. Agora vou ler-te, se não te importas.
Aproveito e assino por baixo de tudo, pois embora eu tenha um Pai, o meu filho não teve tanta sorte. Mas há que celebrar também os pais de coração, que assumem muitas vezes paternidades que acabam por ser muito mais valiosas que laços de sangue. A esses, que sei que há muitos, os meus parabéns!
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