Em Setembro vou ver-te de mochila às costas e acenar-te com um sorriso confiante, enquanto te afastas mais um bocadinho de nós.
Em Setembro vais deixar o que foi o nosso mundo durante 4 anos e entrar num mundo onde já não estarei para te proteger a cada instante.
Em Setembro crescerás mais um bocadinho, tal como cresceste em Fevereiro depois do teu irmão ter nascido.
Sei, agora mais do que nunca, que serás sempre a minha menina e que o meu coração baterá sempre ao compasso do teu.
Estou para sempre presa neste feitiço que me lançaram tu e o teu irmão desde o dia em que nasceram, irremediavelmente entrelaçada, enredada nos vossos passos e se umas vezes é a melhor sensação do mundo, outras é uma espécie de abismo sem fim à beira do qual me sento a baloiçar os pés, esperando que a sensação de perda de mim termine.
Os nossos filhos roubam-nos e devolvem-nos a dobrar, arrancam-nos do nosso mundo, para nos atirarem de novo à vida com um simples abraço. Os nossos filhos são a ténue barreira que se sente quando fechamos os olhos e temos a certeza que tudo faz sentido.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
5 comentários:
Um abraço que apenas soltamos a custo... a muito custo! Porque eles serão sempre os nossos bebés!
Beijocas
Olha, em Setembro ela vai-se afastar só um pouquinho, mas quando for o Setembro do 1º ano, dois anos depois, vai ser maior e sempre por aí fora. Não pára.É assim mesmo, por isso às vezes bate-nos uma saudade.....
Espero que seja uma experiência óptima para a Alice e que tenhas muito tempo para mimar o António :)
eu sinto-me aterrorizada de cada vez que penso nisso e ainda faltam 2 anos!!!!!só de pensar em deixá-lo à mercê de tudo e mais alguma coisa aiiiiii,vou precisar de calmantes!
Vai-te custar mais a ti do que a ela, ela vai adorar!
Eu que estou sempre a dizer"- Estas gajas nunca mais casam!!!!" Até me senti mal...
Um abraço*
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