Sim, eu sei que o país está mergulhado em merda até ao pescoço. A economia cheira a dejectos, o nível de vida cheira a canos, a saúde está fétida, mas na minha mais do que humilde opinião, não é preciso começar a inovar demasiado na área do papel higiénico e faz-me espécie este novo fetiche por papel higiénico fashion.
É portanto neste estado de espírito que mergulho de cada vez que passo pelo quiosque da Renova em pleno centro comercial. O quiosque exibe rolos de papel das mais diversas cores, amarelos cor de burro quando foge, roxos-cardeal, rosa-erupção-cutânea e a mais intrigante de todas as cores (quando se fala em papel higiénico), o preto. Alguém consegue explicar-me como é que uma pessoa decide que já está bem limpa, quando passa uma folha preta pelo rabo?
Haverá realmente alguém em plena saúde mental disposto a gastar o cú e as calças num rolo de limpa-regos gourmet?
Parece que sim, se não o quiosque não se aguentava há já tantos meses...
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 3 semanas
11 comentários:
Não vais acreditar, mas quando vi esse Quiosque, perguntei-me exactamente o mesmo LOL.
E depois pensei: o castanho é mais claro que o preto, deve ser por aí :D.
Plena saúde mental é que é coisa que já não abunda. Daí que o papel gourmet se venda...
Eu nem sabia que a Renova tinha já quiosques em Centros Comerciais.
É para ver ao "chiquismo" a que se chegou. Pode não haver mais nada mas para aparências há sempre.
Papel higiénico às cores é a coisa mais pirosona, bichona e nova ricona que há. Papel higiénico preto é a coisa mais porcalhona que pode haver. Gente asseada não se limpa a isso. Antes papel de jornal.
(papel higiénico do lidl com florinhas pode ser, é barato e bom)
Em cheio! fico sempre abismada cada vez que vejo esses rolos xpto e só consigo pensar " mas para quê???" . É incrível...
Estou a pensar montar negocio de papel higiénico personalizado, o cliente encomenda folhas com a imagem das pessoas a quem gostaria de limpar o rabo. Produção em massa dos modelos Sócrates, g.w. Bush, etc.
C'a granda ideia teve a Gralha!!! Tu não gastes essas ideias assim, pá, regista-as!
Preto é mesmo o mais esquisito, porque o resto já havia (ok, não tão escuro).
Anda tudo muito fino por aí :)
Essa ideia da Gralha de haver papel higiénico com a impressão das caras de certas pessoas, achei genial.Se abrir o negócio, tem já uma cliente.
Conheço umas caras, que são mesmo boas para esse tipo de decoração :)
É engraçado que também já me tinha ocorrido essa da eficácia (ou da falta de)do papel higiénico preto!
Também sou fã do papel higiénico do Lidl...fiz uma experiência com o reciclado do Pingo Doce e não está a dar resultado...é uma das coisa em que eu sou exigente mas nada que se resolva com os ditos quiosques que eu também não sabia que existiam!!!
E a ideia das caras fez-me lembrar os meus avós que viveram numa era em que se poupava independentemente da maior ou menor necessidade:na casa de banho de casa havia sempre papel higiénico normal mas, para uma outra exterior, o meu avô - que não era propriamente um homem muito ocupado - cortava meticulosamente (é o termo certo como se verá a seguir) os semanários da região que recebiam lá em casa, fazia um furo nas folhas com um arquivador para as pendurar num gancho que existia ao lado da retrete para esse efeito, não sem que antes a minha querida avózinha conferisse as folhas para evitar que alguém limpasse o dito cujo à cara de parentes e conhecidos que eventualmente aparecessem no obituário ou às imagens dos santinhos/as (um dos jornais era o da paróquia)
E chega de conversa de m...!
E um gajo assim sente-se discriminado. Experimenta primeiro...
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