Acabei de ver uma reportagem da BBC sobre um grupo de ciganos romenos em Londres. Parece que gerem uma espécie de tráfico de crianças, para porem as mesmas a pedir esmola. Têm um BMW estacionado à porta e vivem abastadamente.
O jornalista em questão, observou-os durante meses a fio, abordou-os com a coragem destemida de quem quer fazer a diferença e, por fim, foi até à Roménia, em busca de famílias e de respostas.
Fiquei presa do princípio ao fim. Aquele jornalista (John Sweeney) calvo e meio barrigudo inquiriu, insistiu, defendeu, abordou, observou e fez a diferença entre uma reportagem do caraças e tudo o resto que gostam de intitular jornalismo, mas a que eu chamo, notícia chiclete com comunicador social bem vestido e aprumado.
O jornalismo, quando é assim, feito com tomates e boas histórias, é das profissões mais fantásticas que conheço.
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Há 1 mês
5 comentários:
Tens razão, pena é serem raros. O jornalismo como o conhecemos é, na minha optica, das profissões com maior falta de ética.
Ultimamente tenho visto excelentes reportagens no TVI24, apesar de eu não ser fã mesmo da TVI ou da TVI24... mas é desse tipo de jornalismo que surge nestas reportagens, não aquele que se vê no quotidiano... que nem se pode chamar bem de jornalismo...
Sem dúvida, sem dúvida.
E acho que isso acontece em qualquer profissão. Quando vejo alguma coisa bem feita, quando vejo qualquer coisa a dar frutos, bons frutos, penso que afinal valeu a pena. Seja a minha profissão ou a dos outros. Isso deixa-me feliz.
Vi a reportagem, incomodou-me muito... Para além da coragem do jornalista, que se arriscou forte e feio, o que pensei foi mesmo que é preciso ter muita sorte onde se nasce. Aquela gente não sabe mais do que aquilo. Triste. triste.
A BBC anda a dar lições de jornalismo ha uma catrafada de anos. Acredito que assim fique mais caro, mas no final ao menos percebe-se em que mundo vivemos.
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