Ela pergunta-me quem foram os meus avós (os que ela não chegou a conhecer). Como é que eram, se gostavam de crianças, como se chamavam. Depois pergunta-me quem eram os meus bisavós e os pais e os avós destes e os seus nomes e eu queria poder dizer-lhe mais sobre quem ela é para trás, mas não consigo fazê-lo como gostaria.
Vai daí e, perante a importância que isto tem vindo a assumir para a minha filhota, decidi fazer mais. Recolherei fotografias antigas, falarei com a minha avó, com o meu pai, com quem for preciso, mas mostrar-lhe-ei quem foram aqueles antes dela. Farei um álbum digital, ou em papel, recolherei nomes e dar-lhe-ei a sua família, que está viva apenas nos seus genes. Mas que, pelos vistos, pulsa no seu pensamento.
Esta foi mais uma lição. Eles precisam de raízes, de saberem que fazem parte de alguma coisa maior e isso é bom.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
7 comentários:
Acho essa curiosidade da Alice mais do que natural!
Eu fiz isso quando era miúda com os meus pais... naquele tempo era ainda mais complexo, porque as fotos não abundavam em famílias de parcas posses (da minha avó paterna nem existem)... mas sempre conservei o desenho da minha árvore genealógica até aos meus bisavós que fiz com a ajuda dos meus pais, do alto dos meus 6 anos e pretendo conservar isso até e se o meu filho mo pedir!
Comecei a fazer isso há uns dois anos é tão, tão interessante, a recolha de fotos, de histórias, fazer a árvore genealógica. Depois fui mais longe, até 1750 (depois encalhei aqui), este Verão fomos visitar aldeias onde os meus trisavós nasceram. Muito, muito giro.
Lá em casa o meu marido desenvolveu esse interesse como hobby...
Já investigou o passado da família até cerca de do séc. XVI... e continua..
Procura na net programas gratuitos que ajudam a construir a árvore e a encontrar pessoas....
Vale tanto a pena!
Quando o meu pai fez 50 anos ofereci-lhe uma biografia dele, a partir de fotos e entrevistas que fiz a avós e tios avós. Foi muito giro. Eu preciso imenso de conhecer as minhas raízes, que giro a Alice já pensar nisso :)
:) Vincenzo Giffoni!!! <3 <3
É boa ideia, Cê. Eu praticamente não tenho nem fotos minhas, de tanta ida e vinda pelo mundo. Vou ter que contar com a capacidade de imaginação do Gabriel. Ou então peço ao Hugo para fazer uma banda desenhada.
Costumo dizer, com frequência, uma coisa ao meu filho: tu aproveita os teus 4 avós porque a Mãe só conheceu as avós e estavam longe.
E, como se costuma dizer, são uns 2ºs Pais para eles.
O meu, em 6 anos de vida, tem convivido muito com eles e até já me chegou a dizer que o meu Pai (avô dele) gosta mais dele do que de mim pois a ele vai buscá-lo à escola e a mim não ia :-))))
Que giro! espero que o meu filhote tb tenha essa curiosidade porque eu vou adorar andar a desencantar histórias e fotos.
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