Ao ver os fanáticos franciús-avec-cara-de-cú, formando violentas guerrilhas de rua, contra a aprovação do projecto lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a possibilidade de adopção, pelos mesmos, a réstia de pouca dúvida que existia em mim, acerca dos franceses dissipou-se.
O povo francês não produz em mim simpatia de qualquer espécie. Não querendo generalizar, mas generalizando, acho-os antipáticos, arrogantes, vaidosos, extremistas e xenófobos.
É esta a imagem que conseguem passar cá para fora. Que me desculpem os franceses decentes e simpáticos e nada xenófobos, que certamente são em maior número, mas a realidade é que eu vos descrimino pela minoria, sim, tal como fizeram aos emigrantes que espetaram para fora do país, eu ponho-vos para fora da minha lista de povos calorosos.
Acho aviltante que se recorra à violência para manifestar o desacordo em relação a uma lei que não coloca em risco os seus direitos fundamentais.
Ver a desproporcionalidade, o ódio, o sangue a ferver, o fanatismo, a raiva, a espuma a sair das beiças, por alguma coisa que não coloca em causa as suas vidas, (pois que só aí entendo a saída da razão), é coisa para me deixar com medo, muito medo e com muito pouca vontade de chamar a Paris a cidade do amor.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
4 comentários:
Não respondo eu, responde uma porta-voz da efectiva maioria dos franceses: http://apanhadanacurva.blogspot.pt/2013/04/nao-sao-as-formigas-que-estragam-os.html
A estupidez e a intolerância são mesmo maravilhosamente transversais a povos e culturas.
Porcos asquerosos, tão asquerosos quanto a malta da cabeça rapada e biqueiras de aço - não, na verdade são mais asquerosos, porque dissimulados.
Este aspecto da natureza humana ainda hoje me deixa completamente perplexa. A capacidade que têm para quererem impedir os outros de serem felizes, mesmo que essa felicidade não os afecte minimamente...
Fiquei estupecfacta. Honestamente não esperava esta atitude dos franceses.
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