que sinto muitas saudades tuas.
Que toda essa coisa da paz e do fim do sofrimento é absolutamente verdade, sim, mas não me consola, porque o que eu queria mesmo era que nunca tivesses ficado doente. Ainda que isso implicasse nunca ter-te conhecido, ainda que isso implicasse ter ficado uma pessoa mais pobre com a tua ausência na minha vida, trocava tudo isso num ápice, para que pudesses ter continuado na vida de tantas outras pessoas.
Hoje estou fodida com o pouco sentido que tantas coisas fazem. Mas acho que querer tirar sentido de tudo, da vida, da morte e do meio de uma e de outra, muitas vezes é um exercício estéril. Não nos leva a respostas nenhumas.
Nascemos, vivemos e morremos, com a mais absoluta falta de critério, ao sabor do livre arbítrio de coisa nenhuma.
Hoje sinto-me tremendamente só de ti e se sei que isto tem dias melhores do que outros e que amanhã me focalizarei na parte da paz e no final do sofrimento, mas hoje não.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
5 comentários:
Há dias para sentirmos a paz e sorrirmos ao pensar na pessoa ausente.
Depois há dias em que só podemos mesmo é render-nos à saudade imensa!
É exactamente isso, Ana. Há dias em que me consola pensar que foi melhor para ela porque com o passar dos dias ia sendo cada vez pior, e ela já tinha sofrido tanto. Há outros dias em que penso que foi uma vida interrompida e roubada assim sem mais nem menos de uma injustiça atroz. É que há tanta gente por aí que não faz falta a ninguém. E ela faz-nos tanta, mas tanta falta.
Ás vezes parece que estou a ler a Alice...E percebo-te sim.
A saudade,embora seja só um lugar dentro de nós, é a corrente mais forte e mais precisa que nos liga à realidade.
Um beijinho de luz para ti, hoje :)
http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/
Há dias para chorar, mesmo. Não há consolo, não tem de haver consolo. Nesses dias, só a tentativa de consolo já nos sabe a insulto. Comigo são assim, estes dias. Cheios de verdade crua e dura, sem pitada de açúcar. A verdade de que a pessoa amada não está cá nem vai voltar a estar. "Ah, está bem, foi melhor para ela". Ok, mas E NÓS? O que fazemos CONNOSCO?
Olha, o que vale é que não há dois dias iguais nisto do luto.
Algo me diz que este livro me vai marcar de uma forma forte...Já olhei várias vezes para ele ali no meu montinho dos tesouros, livros que trouxe de Portugal para a 2ª temporada em Buenos Aires, e que de uma forma mágica e sem explicação lógica a vida me fez chegar esse livro extra pela mãos da Vânia :) Mas sabes tenho uma relação muito especial com os livros e acho que são eles que nos chamam na melhor altura para ler... e se este veio ao meu encontro a Buenos Aires é porque vai ser (já o sendo só pela história de como veio parar às minhas mãos) marcante e muito especial... E não me vou esquecer da surpresa que te prometi!;) "Existimos enquanto alguém nos recorda" :) Um sorriso da Argentina para Portugal!:)
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