Allende, eu sempre te amei em segredo. A ti e à Frida Khalo das sobrancelhas cerradas.
Gosto de mulheres fortes e frágeis. De mulheres humanas, que quebram e são quebradas, mulheres cheias de remendos. Gosto de mulheres que não são perfeitas e que não sabem o que querem todos os dias a todos os minutos. Mulheres que são bonitas sem o serem, ou sem o saberem.
Gosto de mulheres que não são evidentes (o mesmo se aplica aos homens).
A beleza demasiado óbvia sempre me enjoou. A profundidade auto-proclamada e publicitada, sempre me fez desconfiar. E os padrões bem definidos sempre me fizeram inveja, nesta minha constante incerteza de saber quase nada.
Por isso, espero que não me desiludas com o teu
Caderno de Maya.
Passaste por uma fase menos boa com o Reino dos Dragões e essas histórias do fantástico que não me cativaram. Depois regressaste com a
Soma dos Dias e tomaste-me de novo nos teus braços, como naqueles dias na casa dos meus vinte, em que me perdia nas horas da noite com as tuas letras nas minhas mãos.
Agora estou na casa dos meus trinta e é bom como o caraças teres regressado à minha vida.
*Capa mais feia esta.
11 comentários:
Desde o "Paula", nunca mais nenhum livro dela me apaixonou verdadeiramente.
Aquela triologia (medonha) fez-me ter vontade de lhe bater.
Conta-me depois se é de fazer as pazes com ela.
Opinião partilhada. Fico só à espera que nos comuniques as tuas impressões. Beijinhos
Joana da vida in extremis, eu fiz as pazes com ela na Soma dos Dias. É a continuação do Paula e é MARAVILHOSO.
Rute, partilharei, mas posso dizer-te que as duas primeiras páginas estão boas :)
NÃO LESTE A ILHA DEBAIXO DO MAR?!? Vai já ler. É melhor do que a Maya. Mas também gostei da Maya.
NÃO LESTE A ILHA DEBAIXO DO MAR?!? Vai já ler. É melhor do que a Maya. Mas também gostei da Maya.
Dela só li a "Filha da Fortuna" e o "De amor e de sombra" que possa dizer que me rendi... li dois dessa trilogia fantástica, mas também não me convenceu. Mas ando curiosa com este livro com esta capa estranha...
Olá, Ana!De "apaixonada pela Allende" para "apaixonada pela Allende", não posso deixar de, fervorosamente, recomendar a "Ilha debaixo do mar" e a "Inês da minha alma" - Simplesmente arrebatadores!!! A onda "fantástica" com que a senhora nos brindou aqui há uns anos... enfim, no comments! Mas parece que foram histórias escritas para contar aos seus netos e inspiradas neles. menos mal. Foi tal informação que me ajudou a reconciliar com essa brilhante e indispensável companhia que é a Isabel Allende! Diz ela, num dos seus livros (não me recordo qual),que todos os dias 8 de Janeiro de cada ano se obriga a sentar para iniciar um novo livro. E nesta data, lembro-me sempre dela e fico na expectativa do que por aí virá desta vez.. Boas leituras! Um abraço, Patrícia Tomé.
Nada a ver com literatura, mas no dia em que um homem me descrever assim ("Gosto de mulheres fortes e frágeis. De mulheres humanas, que quebram e são quebradas, mulheres cheias de remendos. Gosto de mulheres que não são perfeitas e que não sabem o que querem todos os dias a todos os minutos. Mulheres que são bonitas sem o serem, ou sem o saberem."), caso-me logo.
Um beijinho*
E boa leitura! ;)
tinha escrito um comentário enorme e sentido e o blogger comeu.
O Meu Pais Inventado tb esta mt giro, mas a Soma dos Dias esta divinal e merece a pena ser lido, a ilha debaixo do mar, o ultimo q li tb e mt bom... Mas digo q ler os livros dela em espanhol e mais interessante.
Concordo e adorei a descrição. Parabéns!
Enviar um comentário