Fico sempre divertida quando oiço as futuras mães traçarem planos maternos, com as suas certezas inabaláveis e riscos firmes desenhando rumos teimosamente a direito. Os desvios são para os outros, sei bem o que quero.
O pai fará isto, eu farei aquilo, o filho jamais fará aqueloutro, nós jamais faremos disto, ele nunca comerá daquilo, a família fará de tudo, os outros nada poderão fazer e eu sei que é isto e que é assim que será, ou não será.
Tenho uma notícia bombástica:
Será como for e isso não será assim tão mau, a menos que se tracem tantos planos que depois ver que eles não correm bem assim, vos destruirá com a famosa culpa e sensação de falhanço materno.
É caso para cantar, como a mítica Doris Day:
"Que será será, whatever will be, will be"
Maioridade
Há 5 dias
11 comentários:
Eu, que já levo quinze anos de maternidade, doze dos quais em família monoparental, até levo as mãos à cabeça com coisas que vou lendo por esta blogosfera fora. Até tenho pena das crianças, daquelas que nunca na vida e jamais em tempo algum, terão um pingo de ranho amarelo na ponta do nariz, muito menos uma minúscula nódoa nas suas t-shirt de marca. Enfim... :))
Nesta matéria aplica-se a famosa tirada do "só sei que nada sei!". Foi esse que adoptei assim que soube que ia ser mãe e mesmo assim não me livrei (muito) da culpa e da sensação de falhanço materno...
É por essas e por outras que depois vivem frustradas e frustram os putos.
E vai correr bem.
Isso mesmo, Melissa.
Mas olha, também acho que faz parte fazermos as nossas apostas, estabelecermos os nossos limites, mesmo que depois caia tudo por terra. Até porque nos ajuda a conhecermos os nossos princípios.
Resumindo: façam lá planos de piqueniques ao som das abelhas e de uma amamentação sem chiliques - eu fiz -, mas estejam preparadas para se maravilharem com os planos B. Eles também são bons, quando não sabem a fracasso.
Acho que a frase chave é:
Não sejam demasiado duras convosco, nem nos planos A, nem nos planos B.
Eu faço o que me manda o coração. Se me tenho dado bem com isso e o meu filho quase a chegar aos seus 7 anos tem crescido e o sinto feliz bem lá quero saber se tenho feito o que é correcto, certo ou o que quer que seja para os outros.
De qualquer modo posso dizer que levou muita palmada, foi (e é) castigado quando o justifique e tem normas/regras ...ah e sai tudo limpinho de manhã e vem todo sujo, de tarde, arranhado, desgrenhado, etc
Isto de traçar planos e eles serem cumpridos à risca ...e gosto sobretudo de quem não tem filhos ter muita opinião sobre muita coisa :-)
"the future's not ours to see..."
:-)
triss, a minha avó tinha este single e eu ouvia-o vezes sem conta :)
eu acho que era assim, até ele nascer e tudo correr ao contrário do que eu estava a imaginar, logo no primeiro dia :)
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